05/11/12 |

Parceria promove o cultivo e processamento de alho orgânico em Minas Gerais

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A Coordenadoria de Agricultura Orgânica da Emater/MG procurou a Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), em abril, para auxiliá-la na condução de um projeto sobre cultivo e processamento de alho orgânico na pequena cidade mineira de Onça de Pitangui, na região de Sete Lagoas, onde um grupo de produtoras rurais da Comunidade Colônia havia se interessado em produzir temperos à base de alho como pastas e cremes.

A partir de uma emenda parlamentar, as produtoras rurais conseguiram recurso para estruturar uma fábrica de beneficiamento de alho, mas não queriam depender do mercado para comprar sua matéria-prima. Assim, surgiu a ideia de iniciarem o cultivo do próprio alho que usariam na fábrica, conduzido no sistema orgânico.

O pesquisador Francisco Vilela, da Embrapa Hortaliças, recomendou quatro cultivares com boas características para o processamento e, após os testes, a opção foi pelo plantio das cultivares Amarante, Gigante de Lavínia e Chinês Real. "Esses materiais mostraram-se bons devido a vários fatores: pungência, aroma e sabor fortes e formação de dentes grandes, fáceis de descascar", explica. O material enviado pela Unidade foi transformado em semente para que, a partir do ano que vem, elas consigam produzir uma área mais extensa no sistema orgânico.

Além de indicar as melhores cultivares para a finalidade das produtoras, Vilela também ministrou uma oficina de capacitação em sistema orgânico. "Foi passado todo o sistema de produção do alho orgânico, desde a adubação até o controle de pragas e doenças a partir de caldas", relata o pesquisador.

A fábrica da Comunidade Colônia pretende abastecer o mercado atacado da região metropolitana de Belo Horizonte, já que o município de Onça de Pitangui encontra-se em um ponto estratégico de escoamento para a Ceasa da capital. "As produtoras tiveram uma ótima ideia, não somente pela proximidade com o mercado, como também pelo potencial da região para o cultivo do alho em relação ao clima e ao solo", avalia Vilela. De acordo com ele, o processamento vai garantir à comunidade uma alternativa de renda e o alho orgânico agregará ainda mais valor à produção.

Nesta etapa, o pesquisador vai acompanhar o próximo plantio para sugerir ajustes no sistema de produção e prestar consultoria para sanar possíveis dúvidas. No próximo momento, as produtoras pensam em usar a tecnologia do alho-semente livre de vírus para aumentar a produtividade da lavoura e ofertar um produtor de melhor qualidade para o mercado.

Paula Rodrigues (MTB 61.403/SP) 
Embrapa Hortaliças
(61) 3385-9109
paula.rodrigues@cnph.embrapa.br

Embrapa Hortaliças

Mais informações sobre o tema
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