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Embrapa testa tipos de grama em aeroporto

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Foto: Agência de Notícias - Embrapa

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Embrapa testa tipos de grama em aeroporto

A Embrapa Pecuária Sudeste desenvolve pesquisas para identificar espécies nativas de gramíneas para cobertura vegetal de superfícies de solo com baixo custo de manutenção e adaptadas a diferentes regiões do Brasil. O objetivo é encontrar tipos de forração mais adequados para paisagismo, recreação, atividades esportivas, controle de erosões e contenções de taludes. Espécies que possam ser cultivadas em jardins, margens de rodovias e, também, alternativas para cobrir margens de pistas de decolagens em aeroportos.

O projeto Gramados, como é chamado, foi iniciado em 2011 e, agora, entrou em uma nova fase. Nesta semana, foi concluído o plantio de mudas de oito tipos de gramas pré-selecionadas em duas áreas no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).

A Embrapa e a empresa que administra o aeroporto assinaram um contrato de parceria técnica para o desenvolvimento da pesquisa. O objetivo é identificar espécies de gramas mais adequadas à cobertura das margens da pista de pouso e decolagem e que possibilitem redução de custos com manutenção, plantio e poda. Além disso, devem atender requisitos técnicos de segurança aeroportuária, como redução de poeira, diminuição de risco de fogo e menor produção de sementes, para evitar a atração de pássaros e de roedores.

Após essa etapa, serão 18 meses de monitoramento e avaliação do desenvolvimento das gramas plantadas. De acordo com o pesquisador da Embrapa Francisco Dübbern de Souza, responsável pelo projeto, esse tipo de estudo contribui à valoração de espécies nativas brasileiras e à seleção de novas opções de gramas para diversos usos, como jardins públicos, domésticos e industriais, margens de rodovias, tanques escavados de piscicultura, entre outros. Ainda, segundo ele,o trabalho é de interesse do público urbano, que se beneficia de áreas cobertas por gramados e, também, do público rural, a quem caberá a multiplicação e comercialização das mudas de gramas selecionadas.

Além de São Paulo, o projeto Gramados desenvolve experimentos no Ceará (CE), Rio Grande do Sul (RS) e Mato Grosso do Sul (MS). Ao todo, envolve 17 pesquisadores da Embrapa e de quatro instituições parceiras: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Esalq/USP, Unesp - campus de Registro (SP) e Unicamp.
 
Cenário atual
Diferentemente da situação observada em outros países, no Brasil os gramados são formados por um número reduzido de espécies e de cultivares. A 'grama-batatais', também conhecida como 'grama-forquilha' ou 'gramão', é a mais cultivada. Caracteriza-se pela rusticidade e ampla adaptação a condições diversas de clima e de solo, porém, a menos que seja constantemente podada, perde rapidamente a qualidade ornamental.

As espécies exóticas, comparadas à grama-batatais, são mais exigentes em relação à manutenção e à disponibilidade hídrica e de nutrientes. A grama-esmeralda é predominante dentre as exóticas.

Segundo Souza, não há registro no Brasil de cultivares de espécies nativas desenvolvidas especialmente para uso como gramados. Até a conclusão do projeto, em 2015, a pesquisa da Embrapa deverá resultar em novas alternativas desse tipo de gramas para diferentes regiões do Brasil.

Gisele Rosso (MTb/PR 3091)
Tel.: (16) 3411-5625
gisele.rosso@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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