Dois pesquisadores da Embrapa receberam o prêmio O Futuro da Terra, nesta segunda feira-feira (29/08) a noite na Expointer 2016, em Esteio (RS). Antônio Ricardo Panizzi, da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS) e Jamir Luís Silva da Silva, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) foram agraciados na categoria Cadeias de Produção e Alternativas Agropecuárias, pelas contribuições em trabalhos que conciliam desenvolvimento agropecuário, aumento de rentabilidade e preservação dos recursos naturais. O prêmio O Futuro da Terra é concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) e pelo Jornal do Comércio. No total foram distribuídos nove prêmios, entre pesquisadores e instituições de pesquisa. O pesquisador Antônio Ricardo Panizzi atua na Embrapa há 42 anos na área de entomologia (estudo dos insetos). Atualmente desenvolvendo trabalhos na Embrapa Trigo, o pesquisador aprofundou-se na análise do manejo integrado em relação aos percevejos, que atacam culturas como a soja, milho, trigo e algodão. Panizzi dedicou-se ainda no estudo de bioecologia, observando as pragas não apenas quando estão presentes nas culturas, mas também quando são percebidas em outras vegetações. O pesquisador destaca que, além de ser uma ação mais sustentável e de menor impacto ambiental, o manejo integrado de pragas é mais econômico. "Sem essa iniciativa, o agricultor acaba utilizando excessivamente os pesticidas e faz com que os insetos, rapidamente, desenvolvam resistência aos produtos químicos." Já o pesquisador Jamir Luís Silva da Silva trabalha há mais de 30 anos com alternativas de produção integrada com foco na produtividade e equilíbrio dos sistemas de produção. Há oito anos é pesquisador da Embrapa Clima Temperado, desenvolvendo pesquisas de integração lavoura-pecuária junto a parceiros que potencializam os resultados dos trabalhos e o alcance das tecnologias no campo. Atualmente, Jamir é responsável por diversas ações de transferência de tecnologia em ILPF nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. "Esse trabalho tem contribuído para a diversificação das culturas, tornando os sistemas de produção agropecuários mais sustentáveis e gerando mais renda ao produtor. Isso é ainda mais importante no Rio Grande do Sul, que tem como uma particularidade o fato de ter pastagens de inverno, o que permite trabalhar com culturas de inverno e de verão na mesma área".