30/08/16 |   Biodiversidade

Embrapa ouve parceiros para construção participativa de projeto para a Amazônia

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Felipe Rosa

Felipe Rosa - Parceiros e representantes da Embrapa discutiram juntos propostas de projetos

Parceiros e representantes da Embrapa discutiram juntos propostas de projetos

Um grande projeto para o bioma amazônico está em seu início. Trata-se do Projeto Integrado da Amazônia, que tem como objetivo a recuperação de áreas degradadas, o uso sustentável, o monitoramento do desmatamento, da degradação florestal e dos serviços ecossistêmicos da floresta amazônica. Uma das etapas iniciais mais importantes do trabalho está sendo cumprida entre os meses de agosto e setembro. São as Oficinas Territoriais, que reúnem representantes de instituições da Amazônia brasileira, extensionistas rurais, técnicos, especialistas e produtores para discussão, a fim de subsidiar a elaboração de projetos componentes a serem submetidos ao Sistema Embrapa de Gestão (SEG). 
 
Em Manaus, a Oficina aconteceu entre os dias 25 e 26 de agosto, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Durante a atividade, as discussões levaram a composição de propostas de projetos dentro de quatro arranjos maiores: monitoramento do desmatamento e da degradação florestal e serviços ecossistêmicos; restauração, manejo florestal e extrativismo; tecnologias sustentáveis para a Amazônia; e aquicultura e pesca.
 
Além da Oficina em Manaus, o mesmo trabalho já foi realizado em Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Rorainópolis (RR). Ainda em agosto a atividade se repete em Sinop (MT), e em setembro em Imperatriz (MA) e Marabá (PA). A coordenação das atividades é feita pelo Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) da Embrapa e parceiros – Unidades Centrais e Descentralizadas da Embrapa, organizações não governamentais e instituições locais.
 
"Esse é um conjunto de sete Oficinas que estamos fazendo ao redor do Bioma para estarmos mais perto da sociedade civil, comunidades tradicionais, ribeirinhos, extrativistas, assentados de Reforma Agrária, agricultores familiares e pescadores artesanais, que são o público-alvo desse projeto. Então essa escuta vai nos ajudar a conceber projetos, que vão estar ancorados nesse projeto maior, que é o Projeto Integrado da Amazônia", destacou a pesquisadora da Embrapa, Susana de Gois, do DTT. 
 
"Esses momentos das Oficinas são fundamentais para garantir o envolvimento dos parceiros na criação e no desenvolvimento desses projetos. O foco está na preservação, conservação, recuperação, uso e manejo da floresta. É aqui que estamos transitando e isso é um universo de possibilidades de trabalho conjunto", destacou o pesquisador da Embrapa, Edson Guiducci, também do DTT. 
 
Conforme o diretor técnico do Instituto Amazônia Livre, Antonio José do Nascimento Fernandes, presente na Oficina, a proposta de debater com as instituições e comunidades locais é uma forma democrática de construir projetos mais consistentes. "A discussão das políticas é importante porque traz a expertise das instituições locais, dando apoio à Embrapa, podendo assim efetivar de forma mais eficiente os recursos disponíveis", disse. 
 
Fernandes também destacou os temas que mais chamaram sua atenção durante a Oficina. "Dentre os principais temas trabalhados, eu destaco aquelas atividades do setor primário que contribuem para a conservação ambiental, contribuição para o clima, como as atividades de baixo carbono, e a preocupação sobre a forma como pode ser feito o monitoramento da degradação florestal e do desmatamento. A gente vê nesse monitoramento a importância que tem as comunidades presentes nas áreas de floresta", completou. 
 
Voz ativa nos debates sobre a Amazônia, o ex-bispo da Diocese do Alto Solimões, Dom Alcimar Caldas Magalhães, presente na Oficina, destacou a relevância do projeto. "A Amazônia emerge como uma região de importância, uma região que marca um divisor de águas entre o passado e o futuro. Digo a respeito da nossa biodiversidade, tudo aquilo que temos e representamos para o equilíbrio do clima, produção de alimentos, renovação das tecnologias e todos os segredos que a floresta ainda conserva. Então a Embrapa e o Fundo Amazônia estão de parabéns por este serviço que querem prestar ao mundo", disse. 
 
O Projeto Integrado da Amazônia é realizado pela Embrapa com recursos do Fundo Amazônia, geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 
 
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia visa incentivar o Brasil e outros países em desenvolvimento que têm florestas tropicais a manter e aumentar as reduções voluntárias de emissão de gases do efeito estufa oriunda do desmatamento e da degradação florestal. O Projeto Integrado da Amazônia é uma ação institucional alinhada às diretrizes estratégicas e aos objetivos do Comitê Orientador Fundo Amazônia (COFA). Sua aprovação e contratação junto ao BNDES no valor de R$ 33,6 milhões ocorreram em 29 de dezembro de 2015.
 
O DTT da Embrapa, em parceria com o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), é responsável pela governança, buscando consolidar as estruturas institucionais de forma a garantir o direcionamento estratégico e a execução das ações para que sejam alcançados os objetivos do projeto com o BNDES.
 
Durante a abertura da Oficina em Manaus, o chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Luiz Marcelo Brum Rossi, destacou a importância de o trabalho ser realizado com consistência desde o início. "Nós temos dois anos de projeto pela frente nessa primeira fase e temos que mostrar resultado. Por isso é preciso trabalhar de forma focada, com projetos que tenham impacto de renda e emprego para essas comunidades rurais", disse. 
 
O assessor da diretoria de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Apes Roberto Falcão Perera, apontou a articulação com a sociedade beneficiária como a chave para o sucesso do projeto. "Precisamos que os agricultores nos indiquem quais são os reais problemas que a produção agrícola tem no Bioma Amazônia, como podemos enfrentar esses problemas, e achar essas soluções para melhorar a qualidade de vida dessas comunidades que atuam na agricultura familiar na região", disse. 
 
Unidades envolvidas
Embrapa Acre
Embrapa Agrossilvipastoril
Embrapa Amapá
Embrapa Amazônia Ocidental
Embrapa Amazônia Oriental
Embrapa Cocais
Embrapa Informação Tecnológica
Embrapa Meio Ambiente
Embrapa Meio Norte
Embrapa Monitoramento por Satélite
Embrapa Pesca e Aquicultura
Embrapa Rondônia
Embrapa Roraima
Secom
 
Com informações da jornalista Deva Rodrigues
 

Felipe Rosa (14406/RS)
Embrapa Amazônia Ocidental

Contatos para a imprensa

Telefone: (92) 3303-7852

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Galeria de imagens