06/09/16 |   Transferência de Tecnologia

Embrapa Pantanal participa de ações de esclarecimentos sobre controle de javalis no MS

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Foto: Acervo/Aiesca Pellegrin

Acervo/Aiesca Pellegrin - Reunião realizada em Coxim, no final de julho, atraiu manejadores da região

Reunião realizada em Coxim, no final de julho, atraiu manejadores da região

A Embrapa Pantanal vem participando de uma série de reuniões de sensibilização e esclarecimentos sobre o controle do javali asselvajado no Mato Grosso do Sul, promovidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),em parceria com a Polícia Militar Ambiental e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). As reuniões envolvem integrantes de clubes de tiro do Estado e produtores rurais, atores importantes no controle do animal, considerado responsável por um desequilíbrio ambiental e por riscos sanitários e epidemiológicos. 
 
Até o momento foram realizadas reuniões em Corumbá (22/06), Campo Grande (2/07), Coxim (30/07), Dourados (22/08) e Nova Alvorada do Sul (25/08). A intenção, segundo a pesquisadora Aiesca Pellegrin, da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), é manter engajados os 13 clubes de tiros do Mato Grosso do Sul, além de novos grupos que possam surgir futuramente. 
 
Desde outubro de 2012 a Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC) coordena um projeto nacional para a estruturação da vigilância epidemiológica de suídeos asselvajados, em complementação ao sistema de vigilância para Peste Suína Clássica (PSC) vigente, associado ao programa de monitoramento e controle populacional da espécie nos Estados da área livre desta doença. A demanda partiu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O projeto é liderado pela pesquisadora Virgínia Santiago Silva. 
 
O controle dos javalis é importante por se tratar de uma espécie exótica invasora, considerada nociva às espécies silvestres nativas, ao meio ambiente, à agricultura, à pecuária, além de representar riscos à segurança pública. 
 
Em 2013, o Ibama publicou uma instrução normativa regulamentando o manejo do javali, com autorização do abate para controle. Daí a importância do envolvimento dos clubes de tiro de todo o país com esse controle populacional. 
 
Uma das palestras que tem sido realizadas nas cidades sul-mato-grossenses tem abordado o controle e abate do javali europeu. Ela tem sido proferida pelo analista ambiental Michel Lopes Machado, do Ibama/MS, e pela pesquisadora Aiesca Pellegrin, da Embrapa Pantanal, que fala sobre a contribuição dos manejadores de javali para a vigilância epidemiológica de suídeos asselvajados. 
 
Na reunião ocorrida em Nova Alvorada do Sul, Fernando Ibanes, bolsista de Desenvolvimento Regional da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) discorreu sobre o trabalho que vem realizando de acompanhamento dos animais na região sul do Estado para avaliar os problemas ambientais e econômicos causados pela espécie invasora. Em todas as reuniões, a presença de público tem crescido, variando de 25 a 80 manejadores, o que é bastante expressivo por se tratar de um assunto de grande interesse que pode afetar a economia do Mato Grosso do Sul. 
 
Dúvidas
Os integrantes dos clubes de tiro têm procurado tirar suas dúvidas sobre o controle formal do abate. Michel Machado explica que eles devem se cadastrar no site do Ibama, preencher formulários (declaração e manejo) e entregar o relatório a cada três meses, mesmo que não tenha ocorrido abate nesse período. Michel comenta que esse controle é fundamental para a geração de estatísticas que permitam avaliar os resultados do manejo proposto, permitindo a manutenção ou correções no rumo.
 
Outra dúvida dos manejadores está relacionada ao transporte de carcaças. O Ministério da Agricultura trabalha na regulamentação desse transporte. Enquanto isso, as carcaças não devem ser transportadas. Outra informação que tem sido divulgada nessas reuniões é sobre a proibição do abate dentro do Pantanal. Em quaisquer outras áreas do Mato Grosso do Sul, o abate é permitido. "O Pantanal não é área de risco para a peste suína clássica, pois não há suinocultura na planície", explica Aiesca. Além disso, o porco monteiro é a espécie asselvajada que já existe na região há mais de 200 anos. 
 
Em junho, de acordo com dados do Ibama apresentados na reunião de Corumbá, haviam sido abatidos cerca de 600 animais desde a liberação. O Brasil é o segundo exportador de suínos do mundo. 
 

Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pantanal

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