Entidade será importante na retomada do CBA Bioeconomia e inovação tecnológica são as palavras-chave de uma nova Associação que surge no Amazonas, com o objetivo de estimular, fomentar, apoiar e articular os diversos segmentos da sociedade e do poder público na geração de novos negócios a partir do uso sustentável da biodiversidade amazônica. A Abita (Associação de Bioeconomia e Inovação Tecnológica da Amazônia) – que tem sua instauração datada em 31 de agosto de 2016 – foi criada a partir de um esforço conjunto de representantes de diversas instituições, como Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Embrapa, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Universidade Federal do Amazonas, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas e Secretaria de Estado de Planejamento, Ciência, Tecnologia e Inovação. Um dos integrantes do Conselho de Administração da Abita é o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Luiz Marcelo Brum Rossi. Conforme ele, a Associação será importante na retomada das ações do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Isso porque o Inmetro (que assumiu a gestão do CBA em 2015 através de um Termo de Execução Descentralizada) pretende transformar o CBA em uma Organização Social. "Para isso é preciso que uma associação faça a gestão do CBA. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior irá lançar um edital possivelmente ainda este ano, aberto a qualquer associação que queira concorrer. Nesse contexto, a Abita será uma das associações concorrentes e poderá gerir o CBA se for a vencedora", explicou Rossi. Para o chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, a participação da empresa nesse processo é importante, já que Embrapa e CBA apresentam temas que podem ser trabalhados conjuntamente, especialmente na área de biotecnologia. "A Embrapa sempre esteve presente no processo de idealização e implantação do CBA. Também temos participado nos últimos três anos de diversas discussões sobre os rumos do CBA, e por isso fomos chamados a fazer parte dessa Associação", explicou Rossi. CBA Criado no ano de 2002, o CBA foi concebido para assumir papel de fundamental importância na estratégia de desenvolvimento socioeconômico na Amazônia, a partir da transformação dos recursos biológicos e genéticos da região em produtos e novos negócios. No entanto, desde sua criação, a inexistência de personalidade jurídica tornou difícil o funcionamento do Centro, colocando em risco a existência e propósito do CBA. O novo modelo de gestão proposto se apresenta agora como uma forma criativa para que o Centro cumpra sua missão, de promover a inovação tecnológica de processos e produtos, incentivando e criando as condições básicas para apoiar o desenvolvimento das atividades industriais baseadas na exploração sustentável da biodiversidade amazônica.