Importância da pesquisa florestal é destaque em Workshop
Importância da pesquisa florestal é destaque em Workshop
Um dos temas abordados no 4º Workshop Apre/Embrapa Florestas foi a importância da pesquisa florestal empresarial. Para falar sobre o tema foram convidados o diretor administrativo da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Dartagnan B. Emerenciano, e o chefe-geral da Embrapa Florestas, Edson Tadeu Iede.
Ailson Loper, gerente executivo da Apre, destacou na abertura do bloco que o objetivo de trazer esse tema para o evento foi mostrar uma alternativa além do que já existe nas empresas. "Queremos mostrar possibilidades de estruturar as pesquisas dentro das empresas em parcerias com instituições de pesquisa. A Apre sempre está com o radar ligado em projetos que têm por objetivo melhorar a produtividade", garantiu.
Em seguida, Loper passou a palavra para Dartagnan Emerenciano, que foi o primeiro palestrante e aproveitou para explicar como funciona a Fupef, entidade privada sem fins lucrativos fundada em 1971. "Trata-se de uma fundação de apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e é uma das primeiras fundações do Brasil de apoio à pesquisa", afirmou.
Nesses 45 anos de existência, a Fupef mantém acordo com países como Alemanha, Estados Unidos, África do sul, Nova Zelândia para desenvolver programas de intercâmbio em pesquisa e projetos. E o diretor administrativo da Fundação afirma que a proposta é expandir.
Os projetos abrangem ensino, pesquisa e extensão. Até 2010, aproximadamente 530 projetos junto a empresas e órgãos governamentais foram executados nas mais diversas áreas de atuação, gerando benefícios para a instituição. No entanto, a partir de 2012, devido às restrições pelos órgãos de controle, houve uma diminuição gradativa e atualmente significativa da parceria da Fupef com as empresas. "A participação dos docentes da UFPR em projetos passou a respeitar uma legislação rigorosa e também novos trâmites para os processos e para a implementação", explicou Emerenciano.
Com relação à importância da pesquisa florestal, o diretor administrativo destacou que com os estudos, as empresas ficam atualizadas com o mercado, bem como as necessidades e desafios dele. Além disso, o desenvolvimento da pesquisa é uma forma de encontrar solução para os problemas atuais, de olho no futuro. Por fim, ele garantiu que a integração das empresas com as universidades a partir dessas parcerias, com a participação de um corpo científico de alto nível, permite o desenvolvimento de pesquisas de qualidade e também a possibilidade de formação de profissionais em nível de especialização, mestrado e doutorado.
Para fechar a palestra, Emerenciano explicou que a Fupef tem como demanda prioritária a implementação do projeto Pró Pesquisa, que já foi aprovado pelo Conselho Consultivo da Fupef e tem como finalidade "captar e viabilizar para pesquisadores e instituições de pesquisa recursos financeiros para a execução de projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação". O programa prevê cinco modalidades de edital e inúmeras possibilidades de custeio, como pagamento de bolsas ou materiais permanentes e de consumo, por exemplo.
Os objetivos, segundo o diretor administrativo da Fupef, são estimular a formação de grupos de estudo de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação; fomentar o desenvolvimento cientifico e tecnológico e apoiar as atividades de ensino superior na formação de profissionais e pesquisadores; incentivar o desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação; propiciar a integração e relação de diálogo da comunidade acadêmica com a sociedade, congregando empresas, governo e instituições no desenvolvimento de pesquisas; promover o desenvolvimento e a integração científica e tecnológica do setor florestal brasileiro; e promover a geração de processos e ou produtos inovadores que resultem em propriedade intelectual.
O que a Embrapa pensa em pesquisa empresarial?
A segunda palestra sobre o tema "Pesquisa empresarial" ficou por conta de Edson Tadeu Iede, que ressaltou que a Embrapa é uma empresa de soluções tecnológicas. "Temos que desenvolver o conhecimento, mas precisamos transformar isso em produtos, processos e tecnologias que possam ser apropriados pela sociedade", reforçou.
Hoje, a Embrapa tem 46 unidades distribuídas pelo país, que procuram atender às demandas dos vários segmentos do agronegócio brasileiro. Além disso, ela mantém um sistema de inteligência estratégica dedicado a produzir e difundir conhecimentos e informações em apoio à formulação de estratégias de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), o Agropensa. Além disso, a empresa conta com laboratórios no exterior para intercâmbio e desenvolvimento.
Em termos de projeto, até 2013 Iede comentou que a Embrapa tinha inúmeros projetos pulverizados. A partir disso, a empresa resolveu criar portfólios, um conjunto de projetos de varias naturezas gerenciados de forma integrada e cooperativa para aumentar a eficiência e possibilitar a ampliação do trabalho e resultados.
"Os projetos devem ser relacionados, independentes, complementares e sinérgicos, com o objetivo de coordenar a ação da empresa em temas sensíveis. Temos todos os componentes: pesquisa, desenvolvimento, validação e customização e transferência tecnológica. Junto com nossos parceiros, podemos fazer muito. Podemos contribuir não só na questão de tecnologia, mas também na questão de políticas públicas", completou.
Ao fim das duas palestras, a organização do 4º Workshop convidou José Otávio Brito, diretor executivo do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), que estava visitando a Embrapa durante o evento, para falar aos presentes. Ele destacou o trabalho das instituições de pesquisa e lembrou que na Ipef, hoje, existem 10 programas corporativos, 60 empresas participantes, inúmeros cursos sendo ofertados e muito mais. "Tenho certeza que o trabalho unindo a experiência e competência das empresas e a experiência dos institutos de pesquisa traz resultados rápidos", declarou.
Na avaliação dele, eventos como o workshop são extremamente importantes, porque reúnem o setor produtivo num ambiente para pensar nos desafios cada vez mais crescentes. "Esse tipo de evento é fundamental, mas não pode terminar aqui. Depois, há que se conduzir um processo contínuo de interlocução. É preciso manter isso aceso para identificar aspectos que precisam ser tratados e trabalhados na formatação de projetos", completou.
Maureen Bertol - Interact Comunicação (MTb 8330/PR)
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