Tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) com foco no desenvolvimento regional foram apresentadas a um grupo de estudantes e professores da Graded - The American School of São Paulo, uma escola americana situada na capital paulista. Por meio do programa Embrapa&Escola, uma ação que aproxima a Empresa de instituições de ensino para estimular a curiosidade e o saber científico, os adolescentes de várias nacionalidades passaram um dia diferente e conheceram um pouco sobre como a pesquisa pode auxiliar no desenvolvimento sustentável de comunidades da Amazônia. A visita ocorreu na terça-feira (20) e começou na fazenda Felisberto Camargo, área que integra os cerca de três mil hectares da Embrapa em Belém, e concentra estudos que estão entre os pioneiros sobre a criação de búfalos no Brasil. O pesquisador Ribamar Marques, geneticista que há mais de três décadas trabalha com esses animais, explicou que as pesquisas atuam no melhoramento genético e nos sistemas de produção com boas práticas em sanidade, produção de leite e nutrição e que o Pará, em especial, a Ilha do Marajó, abriga o maior rebanho do Brasil. Da fazenda, o grupo seguiu para a estação de piscicultura localizada no Parque do Utinga, onde são conduzidos experimentos com peixes amazônicos, como o pirarucu e o tambaqui. À tarde, os adolescentes ainda visitaram a trilha lúdico-pedagógica do Meliponário Iratama (casa das abelhas) e foram apresentados aos diversos tipos de abelhas nativas sem ferrão pesquisadas pela Embrapa e sobre como esses insetos podem auxiliar no incremento de renda para agricultores familiares. O açaí, fruto amazônico que está conquistando o mundo, não podia ficar de fora e encerrou o roteiro da excursão na área onde são cultivadas as palmeiras da BRS Pará, primeira cultivar desenvolvida pela Embrapa voltada à produção em terra firme. Para muitos estudantes, a visita à Embrapa foi o primeiro contato com a Amazônia. O grupo viaja pela região como um programa de imersão da cultura do país, visto que a maioria dos alunos é estrangeira ou filhos de estrangeiros e residam temporadas no Brasil, como Jenny Lee, 17 anos, que tem naturalidade brasileira e coreana. Ela contou que a viagem alia turismo aos conhecimentos sobre as diferentes realidades brasileiras e que estava aproveitando bastante o conhecimento sobre a utilização dos recursos naturais, de maneira sustentável, para a economia local. O diretor da escola, Ocki Fernandes, explicou que todos os anos a escola promove excursões para vários locais do Brasil, para que os alunos possam conhecer melhor o país em que estão vivendo, diferentes culturas e ao mesmo tempo, enriquecer seus currículos acadêmicos e culturais. "É a primeira vez que viemos a Belém e foi muito rica essa visita a Embrapa, pois podemos entender melhor como a pesquisa pode atuar na conservação e desenvolvimento de uma região", comentou. Programa - A Embrapa abre as portas a estudantes de todas as faixas etárias por meio do programa Embrapa&Escola. As diversas unidades espalhadas pelo país realizam atividades para desmistificar a ciência e mostrar como esse conhecimento está presente no cotidiano de todos nós, auxiliando no despertar ou intensificação da curiosidade científica em crianças e adolescentes, aliada à conscientização ambiental. As escolas interessadas em realizar as visitas monitoradas devem entrar em contato pelo e-mail: amazonia-oriental.ee@embrapa.br.