Área do projeto Biomas vira laboratório a céu aberto para estudantes
Área do projeto Biomas vira laboratório a céu aberto para estudantes
Estudantes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), localizada no sudeste do Pará, puderam ver de perto e na prática os resultados de cerca de dois anos de experimentos florestais do Projeto Biomas na Amazônia, na região de Marabá, distante cerca de 600 quilômetros da capital paraense. Os cerca de 20 estudantes do curso de engenharia agronômica vivenciaram um verdadeiro laboratório a céu aberto e conheceram diferentes formas de plantios compatíveis com áreas de sistemas de produção e áreas de reserva legal como alternativas econômicas e uso nas propriedades rurais da região.
A prática de campo aliada à teoria recebida na universidade leva os futuros profissionais à realidade que o mercado de trabalho demanda, conforme avaliou Alexandre Mehl, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e coordenador regional do Projeto Biomas na Amazônia. Ele explicou que a Unifesspa é parceria da Embrapa e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na execução do Biomas e que desde o inicio do mês de setembro, os alunos passaram a usufruir mais diretamente dos experimentos. "A área do projeto bioma amazônico é um laboratório a céu aberto, uma vitrine de tecnologias onde os estudantes podem ver de perto os resultados de pesquisas com pouco mais de dois anos de duração e extrapolar os ensinos teóricos da sala de aula para a realidade do campo que enfrentarão em breve, após a conclusão de suas graduações", afirma Alexandre Mehl.
Para Andrea Hentz de Mello, docente da universidade e responsável pela ida dos alunos a campo, o Projeto Biomas é extremamente didático e um diferencial à formação dos alunos. "Esse tipo de atividade proporciona aos estudantes sem experiência de campo, boa parte do conhecimento necessário para quando estiverem diante das dificuldades e desafios que suas carreiras vão lhes exigir", explicou a professora.
Os estudantes puderam ouvir explanações sobre diversos projetos em execução, entre eles a "Avaliação do desenvolvimento de paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby, Fabaceae) inoculados com microrganismos indutores de crescimento"; "Avaliação da adaptabilidade de diferentes clones comerciais de eucaliptos com e sem inoculação de ectomicorrízas para a região sudeste do Estado do Pará" e, ainda; "Avaliação de espécies arbóreas forrageiras inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares". Os experimentos apresentados são liderados pelos pesquisadores Alexandre Mehl e Arystides Silva, ambos da Embrapa Amazônia Oriental, além de Rosana Maneschy, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Sobre o Projeto Biomas - O Projeto Biomas foi iniciado em 2010 e é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros e busca viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais em todo país. Conta com o apoio do Senar, Sebrae, Monsanto, John Deere e do BNDES. Na Amazônia, o Projeto Biomas é coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental com apoio da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e diversas outras instituições de ensino e pesquisa.
Com informações do pesquisador Alexandre Mehl
Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
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