18/10/16 |   Agroecologia e produção orgânica

Semana Nacional de C&T 2016: Embrapa e CGEE mostram no Jardim Botânico de Brasília como a ciência pode colaborar para a preservação de insetos polinizadores

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Foto: No estande do CGEE no Jardim Botânico de Brasília, o objetivo é sensibilizar os estudantes para a importância de preservar as abelhas e outros insetos polinizadores

No estande do CGEE no Jardim Botânico de Brasília, o objetivo é sensibilizar os estudantes para a importância de preservar as abelhas e outros insetos polinizadores -

Quem visitar o Jardim Botânico de Brasília durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (18 a 23/10) vai conhecer também a pesquisa desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia para a preservação de insetos polinizadores, especialmente as abelhas. Ela está sendo demonstrada no estande do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) com o principal objetivo de conscientizar os estudantes quanto à importância das abelhas para o nosso dia a dia, que vai muito além da produção de mel. A pesquisadora da Unidade Carmen Pires estará na exposição neste sábado (22/10) para reforçar o papel da ciência como amiga das abelhas.

Na verdade, junto com outros insetos e animais que atuam como polinizadores, as abelhas têm responsabilidade direta no aumento da produtividade agrícola, já que cerca de 70% das plantas utilizadas no consumo humano dependem de polinização.
Das 141 espécies de plantas cultivadas no Brasil para uso na alimentação humana, produção animal, biodiesel e fibras, aproximadamente 60%, ou seja, 85 espécies dependem da polinização animal. Culturas como as de maçã, pera, laranja, melão, melancia, café, castanha, abacate, morango, pepino, algodão, soja, abóbora, cebola e castanhas são alguns exemplos de plantas que dependem diretamente da polinização feita pelas abelhas para se desenvolverem. Estima-se que o valor econômico da polinização feita por insetos, principalmente abelhas, corresponde a 9.5% da produção agrícola. Sem contar a produção de mel, que movimenta mais de 300 milhões de reais.

Mas, se por um lado, as abelhas contribuem diretamente para o desenvolvimento dos sistemas agrícolas, estão também entre as suas principais vítimas. Os processos de expansão das áreas de produção e intensificação da agricultura têm ameaçado a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, incluindo a polinização.
Nas últimas décadas, o mundo inteiro, especialmente países da Europa e Estados Unidos, assiste atônito ao desaparecimento crescente de colônias de abelhas, especialmente da espécie mais utilizada para a polinização de plantas cultivadas, a Apis mellifera (abelha europeia), que se adapta facilmente a diferentes ecossistemas, formas de manejo e é generalista na busca de recursos.

A dizimação em massa de populações de abelhas no mundo tem preocupado agricultores, apicultores e a população em geral. Por ser um fenômeno associado a várias causas (uso de agrotóxicos, perda dos habitats naturais, patógenos e parasitas que atacam as colônias e mudanças climáticas, entre outras), os cientistas têm tratado o problema como uma síndrome: o distúrbio do colapso das colônias (CCD, sigla em inglês).

Conheça mais sobre a parceria entre Embrapa e CGEE em prol da preservação das abelhas no link.

Fernanda Diniz (MTB/DF 4685/89)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Contatos para a imprensa

Telefone: 61 3448-4768

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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