Melhoramento genético, produção na Argentina e compostos de interesse em pauta no Seminário Erva-mate XXI
Melhoramento genético, produção na Argentina e compostos de interesse em pauta no Seminário Erva-mate XXI
O segundo dia do Seminário Erva-mate XXI começou com o pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas, falando sobre as perspectivas do melhoramento genético da erva-mate. Em sua palestra, Ivar fez um levantamento histórico dos trabalhos de melhoramento realizados pela Embrapa Florestas até hoje e destacou o potencial do que vem sendo feito, em especial o desenvolvimento de cultivares com teores diferenciados de cafeína, as técnicas de clonagem e a formação de uma rede de validação de novos materiais nos estados produtores de erva-mate. "Melhoramento genético é uma parte muito importante, mas pequena quando se fala em qualidade e produtividade. O sistema de produção como um todo tem que ser trabalhado. É o conjunto de fatores que faz ter uma matéria prima de qualidade, e com certeza a indústria tem que estar junto. Indústria e produtor têm que ser mais integrados e sincronizados", afirmou o pesquisador. O pesquisador acredita ainda em plantios com objetivos específicos, como por exemplo para produtos energéticos, chimarrão descafeinado etc. "Não precisamos ter áreas grandes, mas sim nichos de mercados diferentes. Isso nos mostra o potencial que a erva-mate nos dá", concluiu.
Marcelo Mayol, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria da Argentina – INTA, abordou o sistema de produção da erva-mate naquele país, compreende um conjunto de ações como boas práticas agrícolas envolvendo material genético, produção de mudas, plantio, cuidados pós-plantio, manejo de solo e manejo de planta/colheita. Segundo Mayol, "a produção, para ser sustentável, tem que obrigatoriamente conjugar os cuidados com solo, planta e meio ambiente". Um amplo programa de transferência de tecnologia, adotado no país vizinho, repassa aos produtores as melhores práticas.
Os novos compostos de interesse da erva-mate foram mostrados pela professora Grace Gossmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Profa. Grace fez um amplo apanhado de referências bibliográficas com pesquisas realizadas com a planta, mostrando a diversidade de uso, inclusive contra malária. "A erva-mate é matéria-prima com ampla disponibilidade, mas temos a necessidade de padronizar esta matéria-prima para validar ensaios biológicos de extratos e frações", constatou a professora. "Há conhecimento científico que justifica seu uso no desenvolvimento de novos compostos ativos", afirmou, "no entanto, o desenvolvimento de produtos de erva-mate somente será efetivado através de uma Rede de Colaboradores", incentivou Grace.
O Seminário foi promovido pela Embrapa Florestas, Ibramate, Instituto de Florestas do Paraná, Instituto Emater Paraná, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná/Curitiba e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
O evento teve patrocínio de: Chimarrão Bitumirim, Sindimate Paraná, Leão Alimentos e Bebidas, Heide Extratos Vegetais, Erva-mate Ximango, Golden Tree Reflorestadora, Menon e Veiga Arquitetura, Brehmer Equipamentos, Sanepar, Fundomate, Casa do Chimarrão, Chimarrão Shop, Chá da Serra, Monsanto BioAg e Restaurante Madalosso.
Entre os apoiadores institucionais: Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Epagri, Emater/RS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Casa Familiar Rural de Cruz Machado, Matte Cultural, Museu Paranaense, Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (INTA – Argentina), Instituto Nacional de la Yerba Mate (INYM - Argentina).
Veja a cobertura fotográfica do evento no perfil da Embrapa no Flickr. Clique aqui.
Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
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