Cultivares de algodoeiro tolerantes a herbicidas e resistentes a insetos
Cultivares de algodoeiro tolerantes a herbicidas e resistentes a insetos
Foto: Camilo Morello
Algodoeiros geneticamente modificados tornaram o controle de plantas daninhas mais simples e eficiente
O cultivo de algodão geneticamente modificado tem crescido em diversos países e hoje mais da metade do algodão plantado no mundo é transgênico. No Brasil, a liberação do primeiro evento transgênico ocorreu em 2005.
Os algodoeiros geneticamente modificados tornaram o controle de plantas daninhas mais simples e eficiente. No entanto, os produtores precisam ficar atentos para evitar o aparecimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas. O pesquisador Alexandre Barcellos Ferreira explica que a principal estratégia de manejo de plantas daninhas na cotonicultura brasileira consiste no controle químico por meio do uso de herbicidas, porém, existem poucos herbicidas seletivos ao algodoeiro específicos para o controle em pós-emergência de plantas daninhas com folhas largas, o que às vezes limita o manejo químico.
Uma alternativa para facilitar o manejo da cultura e reduzir as aplicações de herbicidas é o desenvolvimento de cultivares tolerantes a herbicidas. Entre os algodoeiros transgênicos para herbicidas destacam-se os tolerantes ao glifosato e ao glufosinato de amônio. Para o glifosato, três eventos estão em uso em vários países, inclusive no Brasil; o Roundup Ready (RR), o Roundup Ready Flex (RF) e o Glytol. É importante usar diferentes herbicidas com distintos mecanismos de ação e, se possível, com efeito residual, além de rotacionar cultivos com culturas transgênicas e não-transgênicas.
Outro aspecto importante na cultura do algodão é o grande número de insetos-praga que são atraídos pelo algodoeiro e que precisam ser controlados, porque essas pragas podem prejudicar a produtividade. Entre as medidas mais utilizadas para conter os surtos de pragas está o controle químico, que representa em torno de 25% dos custos de produção da cultura. Em lavouras com cultivares transgênicas resistentes a insetos, são necessárias as áreas de refúgio, que consistem num percentual da lavoura com cultivares convencionais (não Bt), com o objetivo de possibilitar o acasalamento entre eventuais indivíduos (mariposas) resistentes ao evento com indivíduos (mariposas) suscetíveis ao evento (cultivar geneticamente modificada), permitindo uma maior longevidade da tecnologia de resistência a insetos.
Este programa vai ao ar na sexta-feira, 6 de junho, pelo Canal Rural (Net/Sky), a partir das 9h. No domingo, 8 de junho, às 7h, pela NBR (TV do Governo Federal, captada por cabo ou por parabólica), com reprise às 17h.
Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão
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