III Congresso Brasileiro de Rochagem
09/11/16
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Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Recursos naturais Transferência de Tecnologia
III Congresso Brasileiro de Rochagem
Foto: Paulo Lanzetta
Evento que se realiza até dia 11, traz 15 palestrantes representando todo o Brasil e dois palestrantes internacionais, especialistas dos mais renomados para apresentarem sua abordagem sobre a alternativa do uso do pó de rochas na Agricultura
Evento nacional apresenta impacto das rochas na agricultura brasileira
Os pós de rochas podem ser utilizados para diversos fins e um deles, que têm chamado a atenção, são o seu uso na Agricultura. Eles tem a capacidade de remineralizar os solos, mas ao alcançar essa função, eles devem conter algumas garantias como uma boa reação ao solo, além de fornecer nutrientes para as plantas. Este assunto e outros temas sobre a importância de conservação do solo e o uso de insumos alternativos estão sendo abordados no III Congresso Brasileiro de Rochagem, que tem como tema Dos pós de rocha aos remineralizadores de solo: passado, presente e futuro, que acontece em Pelotas, RS.
O objetivo do Congresso é discutir o impacto que as rochas podem aportar para a agricultura brasileira. O evento iniciou nesta terça-feira (8), no auditório Ailton Raseira da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS) e terá duração de três dias, com atividades distribuídas entre manhã e tarde. A abertura contou com a palestra Dos Pós de Rocha aos Remineralizadores de Solo: Passado, Presente e Desafios, proferida pelo chefe- geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon.
"O Brasil possui a agricultura mais diversa do mundo, potencializando a segurança alimentar do país e é isso o que tem garantido a balança comercial brasileira, sendo o único segmento positivo em meio a crise do país", disse Pillon para uma plateia de 160 participantes, oriundos de 15 estados brasileiros. Com esta declaração, Clenio Pillon palestrou sobre Dos pós de rocha aos remineralizadores de solo: passado, presente e desafios. Durante sua conversa, ele destacou que a agricultura brasileira é referência para o mundo - tendo no sistema de plantio direto - que atende 35 milhões de hectares de cereais para o Brasil e para as demais nações mundiais. Em sua fala, Pillon salientou as perspectivas da agricultura sustentável do país seguindo uma linha de evolução, através da revolução verde (1960 - 1990), dos sistemas integrados (1990 -2020) e a agricultura de base ecológica (2020 - 2030).
Sessão de Abertura do evento
Durante o início da manhã ocorreu a abertura do evento, que contou com a presença do chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon; da representante da Coordenação Geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Cristina Ferreira Correia Silva; do coordenador de fertilizantes, inoculantes e corretivos do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Hideraldo José Coelho; o superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), José Leonardo Silva Andriotti; do geólogo do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Enir Sebastião Mendes; do presidente da Fundação de Apoio Edmundo Gastal (Fapeg), Laércio Nunes e Nunes; e do pesquisador da Embrapa Clima Temperado e um dos coordenadores do evento, Carlos Augusto Posser Silveira.
Na fala de abertura do evento, Clenio Pillon destacou que é possível conectar o mundo privado com o público, promovendo inovação, articulando conhecimento e gerando desenvolvimento ao o país. "Tivemos um dos anos mais difíceis para a economia do país e, mesmo assim, conseguimos realizar este evento. Isso se dá porque é possível estabelecer grandes parcerias, com as mais de 12 instituições envolvidas na realização do Congresso. Temos a possibilidade de contar com a representação de três ministérios, que podem contribuir por meio dos conhecimentos técnicos", salientou Pillon.
O evento se estende até a sexta-feira (11), numa realização entre o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Embrapa- Unidades de pesquisa, Embrapa Clima Temperado e Embrapa Cerrados-, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Ministério de Minas e Energia e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tem como apoiadores a Fapeg, o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Já os patrocinadores são a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Xisto Agrícola, Calcário Diamante, Yoorín Curimbaba, Fida, Mistél e Sólus.
Atividades paralelas
Durante a manhã de abertura do evento foi realizada uma sessão de homenagens pela contribuição que diversas pessoas e profissionais tem e tiveram na construção do estudo e da pesquisa em rochagem. Foram entregues sete menções: à geóloga Suzi Theodoro, pioneira na luta pela legalização do uso das rochas; ao geólogo José Alcides Fonseca Ferreira, por muitos anos superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM)/Porto Alegre; ao geólogo Éder de Souza Martins, pesquisador da Embrapa Cerrados; ao biólogo Bernardo Knapik, um pioneiro nos estudos e professor universitário; ao agrônomo Clenio Pillon, que elaborou o primeiro projeto na área de rochagem e constituiu um Núcleo de Rochagem dentro da Embrapa; ao geólogo Othon Leonardos, professor universitário; e ao geólogo Peter van Straaten, convidado internacional do evento.
Após essa distinção foi anunciada o resultado do Concurso de Redação promovido pelo evento e feita a entrega pública de certificados. Ficaram como finalistas, quatro acadêmicos universitários, que passaram por dez avaliadores. O primeiro lugar ficou com o acadêmico Gustavo Rosa de Almeida, da Universidade de Brasília.
Cristiane Betemps com colaboração de Letícia Eloi Pinto (MTb 7418-RS)
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