23/05/11 |

Pecuaristas de Corumbá conhecem sistema de alerta de cheias e secas para o Pantanal

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Na noite de sexta-feira ( 20) , pecuaristas de Corumbá (MS) tiveram a oportunidade de conhecer o Sismonpan (Sistema de Monitoramento do Pantanal), tecnologia lançada em abril pela Embrapa Pantanal. Trata-se de um sistema de alerta para cheias e secas no Pantanal, que poderá auxiliar produtores rurais na tomada de decisões e minimizar prejuízos.

A apresentação do sistema foi feita no Sindicato Rural de Corumbá pelo pesquisador Carlos Padovani. Ele começou explicando como funciona o ciclo de inundação da planície pantaneira e a importância deste ciclo para a conservação do bioma. "Existe uma variabilidade grande de ano para ano", disse Padovani, explicando que as cheias têm intensidades e características diferentes de um ano para o outro.

O pesquisador, que desenvolveu o Sismonpan, afirmou que mediu os relacionamentos dos fluxos de água em todo o Pantanal. "Vimos que a água de chuva que cai em determinada área vai influenciar a cheia de uma determinada região. E hoje sabemos quanto tempo leva para esse fenômeno acontecer."

A pesquisa de Padovani estudou também o relacionamento entre as estações que medem o nível dos rios. "Isso nos ajudou a entender como o sistema funciona", falou.

Segundo ele, a proposta do Sismonpan é olhar para o passado em busca de informações que podem ajudar a compreender o que pode acontecer no futuro. Isso porque o sistema é baseado em dados de cheias e secas anteriores. A régua de Ladário, por exemplo, é uma das estações utilizadas pelo Sismonpan e oferece dados sobre a altura do rio Paraguai desde 1900. Outras informações utilizadas pelo sistema são relativas aos últimos dez anos.

Para calcular a área que será inundada no Pantanal em determinada cheia, o Sismonpan recorre a situações semelhantes já registradas anteriormente.

Padovani explicou que o sistema de alerta poderá ser ainda mais preciso se o número de estações de medição nos rios for maior. "Na Bacia do Alto Paraguai, parece que há muitas estações, mas na verdade são poucas", afirmou.

O pesquisador disse ainda que precisa da contribuição dos pecuaristas para aperfeiçoar o sistema. "Precisamos saber se ele está adequado ao que vocês necessitam, se precisamos fazer ajustes e que ajustes são esses."

Os produtores devem indicar, por exemplo, qual a melhor forma de ter acesso ao Sismonpan. Uma das propostas é disponibilizar as informações pela internet. "Mas não sabemos se vocês têm o hábito e gostam de usar computador. Se esse não for o melhor canal, precisamos saber como as informações do sistema podem chegar até vocês", disse Padovani.

A palestra no sindicato foi acompanhada pela chefe geral da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Emiko Resende; pela chefe adjunta da Administração, Rivaldávia Ferreira; pelo chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, José Aníbal Comastri Filho; e pelos pesquisadores Balbina Soriano e Vanderlei Doniseti dos Reis.

Ana Maio (MTb 21.928)Embrapa PantanalContatos: 67 3234 5864

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/