"Biodiversidade: Compostos Bioativos e Novos Produtos no Âmbito do Programa Embrapa Labex" foi o título do seminário apresentado no dia 29 de julho na Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) pelo pesquisador Ricardo Elesbão, que atua no Labex-EUA. Tendo como pano de fundo o alinhamento de diretrizes e ações da Unidade com os objetivos do Labex nos Estados Unidos, o seminário teve como propósito sugerir temas que poderão gerar projetos de interesses comuns aos dois países.

"A ideia básica é promover projetos colaborativos, facilitando a troca de experiências", afirmou o pesquisador. Com base nesse princípio, o pesquisador apontou os bons resultados alcançados através de processos interativos entre a Embrapa e o Serviço de Pesquisa em Agricultura – ARS/USDA, com foco na produção e no melhoramento da soja. Com relação às hortaliças, Elesbão sugeriu aprofundar os estudos em espécies como tomate, cenoura e cebola, tendo em vista o interesse da ARS pela exploração do potencial de grupos de alimentos para prevenção/combate de doenças.

"Há boas perspectivas de troca de conhecimentos em nutrição humana associada à prevenção de doenças e como a Unidade já desenvolve projetos com esse viés, seria bem interessante uma troca de conhecimentos, através de acordos de cooperação, que seria viabilizado pelo Labex", considerou o pesquisador, que destacou o papel da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), como apoiadora dos projetos bilaterais, incluindo um possível ajuste de trabalho conjunto entre a Embrapa Hortaliças e a ARS/USDA.

Na ocasião, ele evocou o Plano de Desenvolvimento Estratégico da Embrapa (PDE), que traz em duas macroestratégias a valorização da biodiversidade. "O PDE 2010/2011, por exemplo, aborda o aproveitamento dos biomas, buscando novas alternativas não só de alimentos, mas de outros produtos", lembrou Elesbão. Segundo ele, uma visão que vem ao encontro do interesse em aprofundar o compartilhamento de pesquisas em biodiversidade, manifestado pela instituição de pesquisa dos Estados Unidos.

LABEX
Laboratórios virtuais no exterior, os Labex foram instituídos com a finalidade de promover oportunidades de cooperação internacional em pesquisa agropécuária, e acompanhar os avanços, tendências e atividades científicas de interesse do agronegócio dos países parceiros.

Atualmente, a Embrapa mantém laboratórios nos Estados Unidos, França, Inglaterra, Holanda e Coreia do Sul onde desenvolve trabalho de pesquisa e prospecção de tendências em temas da fronteira do conhecimento; em Gana, com o objetivo de compartilhar conhecimentos científico e tecnológico junto aos países africanos; e, mais recentemente, no Panamá e na Venezuela, visando uma atuação mais direta na América Latina.