17/11/16 |   Transferência de Tecnologia

Embrapa demonstra tecnologias na Fiman e promove Painel de Especialistas

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Durante três dias, de 22 a 24 de novembro, cerca de 5 mil pessoas devem circular pela Feira Internacional da Mandioca (Fiman), no Parque Internacional de Exposições Presidente Arthur da Costa e Silva, em Paranavaí (PR), organizada pelo Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (Simp). Trata-se da única feira internacional da indústria da mandioca das Américas e tem por objetivo possibilitar maior interação entre os diversos atores da cadeia produtiva do setor. A Embrapa Mandioca e Fruticultura vai expor diversas tecnologias em seu estande, além de promover, no dia 24, em conjunto com entidades parceiras, uma Oficina de Prospecção de Demandas (Painel de Especialistas) para a Cadeia Produtiva da Mandioca.

Reniva

O público terá informações sobre o Reniva ("Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária"). Esse projeto visa possibilitar o acesso tanto dos pequenos agricultores familiares quanto dos grandes agricultores das principais regiões produtoras de mandioca em todo o território nacional às variedades de mandioca resultados de pesquisas, resistentes a doenças e altamente produtivas. Serão expostos na feira rocamboles de mudas e material in vitro.

Multiplicação rápida de material propagativo de mandioca

Haverá exposição de câmara de multiplicação rápida para a cultura da mandioca, com as manivas em brotação. A baixa taxa de multiplicação da mandioca é um dos obstáculos à sua propagação em larga escala. De cada planta de mandioca, obtêm-se de cinco a dez manivas de 20 cm de comprimento, em um período médio de 12 meses, o que equivale à taxa de propagação de 1:5 a 1:10.

Um método simples e barato para aumentar a taxa de multiplicação da mandioca é a multiplicação rápida. Consiste em cortar as hastes da planta em pedaços com duas ou três gemas e plantá-los em canteiros cobertos com plástico transparente, para reter o calor do sol. Esses canteiros são regados frequentemente, e, assim, a umidade e a temperatura elevadas induzem o brotamento das manivas. Ao atingir o tamanho de 10 a 15 cm, os brotos são cortados e postos em água, para enraizar. Por sua vez, as manivas de duas ou três gemas voltam a brotar. Dessa forma, aumenta-se consideravelmente a taxa de multiplicação da cultura.

Cultivares de mandioca para a região Centro-Sul

Serão expostas ramas da BRS CS01, BRS 396 e BRS 399, variedades de mandioca lançadas pela Embrapa e recomendadas para os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.

BRS CS01 – Para atender à elevada demanda do setor produtivo da região por novos materiais com alta produtividade, elevado teor de amido e resistência às principais doenças, a Embrapa lançou em meados de 2016 a sua primeira variedade de mandioca para a indústria. Nas avaliações, o grande diferencial da BRS CS01, que provém de cruzamentos realizados na Embrapa Mandioca e Fruticultura, ficou por conta das características relacionadas à produtividade. Adaptada ao plantio direto, a variedade apresentou, no segundo ciclo (colheita aos 18 meses), produtividade até 93% superior às variedades hoje plantadas nesses estados. E a produtividade de matéria seca da BRS CS01, cujo principal componente é o amido, foi, como informam os especialistas, quase 50% maior no primeiro ciclo em relação às variedades mais plantadas atualmente e, no segundo, chegou a valores maiores que 100%.

BRS 399 e BRS 396 — Lançadas em 2005, essas cultivares de mandioca de mesa, oriundas do Programa de Melhoramento Genético de Mandioca da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), demonstram elevado potencial produtivo, precocidade (colheita a partir dos sete meses após o plantio), polpa das raízes de coloração amarela, reduzido tempo para cozimento, boas qualidades culinárias, arquitetura favorável aos tratos culturais, facilidade de colheita e resistência às principais doenças da mandiocultura da região: bacteriose e superalongamento.

Oficina sobre beijus coloridos para degustação

Durante o evento, o pesquisador Joselito Motta vai ministrar oficina sobre beijus coloridos. O beiju ou tapioca, iguaria produzida com goma ou polvilho de mandioca, é muito apreciada, principalmente no Nordeste do País. Tradicionalmente brancos, os beijus ganham novas cores, cheiros, sabores e nutrientes quando a água utilizada em sua fabricação é substituída pela polpa de frutas ou extrato de hortaliças.

Painel de especialistas

A Embrapa Mandioca e Fruticultura, em conjunto com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados, a Associação dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), a Associação Técnica das Indústrias de Mandioca (Atimop), o Centro Tecnológico da Mandioca (Cetem), o Sindicato das Indústrias da Mandioca do Estado do Paraná (Simp) e o Sindicato Rural de Paranavaí/Faep vão realizar, no dia 24, das 8h às 13h, uma Oficina de Prospecção de Demandas (Painel de Especialistas) para a Cadeia da Mandioca, voltada para técnicos, empresários e produtores. O evento vai prospectar e discutir as demandas de pesquisa e desenvolvimento para o setor mandioqueiro, considerando os desafios e as oportunidades.

Maior produtor

O Paraná é o maior produtor de fécula do Brasil, e a cidade de Paranavaí é polo da maior região produtora de mandioca para fins industriais e referência mundial de produtividade e qualidade. A Fiman vai acontecer no centro da região responsável por 70% da produção de mandioca e 65% da capacidade industrial instalada no País.

A visitação à Feira é gratuita, mas deve ser feito cadastro preferencialmente antecipado no site www.fiman.com.br

Alessandra Vale (Mtb-RJ 21.215)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

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Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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