25/11/16 |   Genetic improvement  Plant production

Pesquisas em parceria com o setor privado são apresentadas em eventos

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Photo: Vinicius Braga

Vinicius Braga - O híbrido interespecífico necessita de polinização assistida.

O híbrido interespecífico necessita de polinização assistida.

A experiência da pesquisa em parceria com o setor privado na cultura da palma de óleo foi apresentada pela Embrapa em dois eventos para técnicos e gestores de empresas produtoras de dendê. Na quarta-feira (23), o grupo foi conhecer os experimentos conduzidos na área da empresa Marborges, no município de Moju, que haviam sido objetos de discussão de seminário realizado no dia anterior, em Belém (PA).

De acordo com o diretor Agrícola, Antônio Pina, a parceria teve início em 2007 pelo interesse da empresa na produção de sementes, mas logo surgiram outras demandas. Atualmente os plantios em Moju abrigam pesquisas voltadas para os polinizadores, fluxo de gases e balanço de carbono, amarelecimento fatal e calagem.

O trabalho de pesquisa em parceria começou na área de melhoramento genético. Para pesquisador Rui Gomes, da Embrapa Amazônia Oriental, o apoio do setor privado é fundamental para o andamento da pesquisa, pois os experimentos com a palma de óleo requerem áreas grandes, longos períodos de avaliação e pessoal de apoio.

Nos experimentos conduzidos na área da empresa, Rui Gomes busca desenvolver uma segunda geração do híbrido interespecífico BRS Manicoré, resultado do cruzamento entre a palma de óleo africana (dendezeiro) e a palma de óleo americana (caiaué). Essa cultivar tem como vantagens a resistência ao amarelecimento fatal e a boa capacidade produtiva, mas exige polinização assistida.

Até o momento, o trabalho selecionou plantas com um ganho de até 19% na produção de cachos. Para Rui, o dado é animador, mas merece cautela. "Como o interesse da indústria é a produção de óleo, temos de aguardar a avaliação do rendimento de óleo desses frutos. Se forem positivos, teremos uma nova tecnologia para lançar no mercado", explica.

Uma das pesquisas que mais chamou atenção do público foi a calagem nos cultivos de híbrido interespecífico. Os resultados preliminares mostram que a correção da acidez de solos elevou em quase três vezes a produtividade das plantas no primeiro ano de colheita. "É um paradigma que está sendo superado. Os produtores de dendê não costumam fazer calagem," afirmou Ricardo Tinoco, gerente de Fitossanidade e Pesquisa da empresa Agropalma. Segundo ele, o próximo ano sua empresa pretende realizar a calagem em uma área de novos plantios.

 

Vinicius Soares Braga (MTb 12.416/RS)
Embrapa Amazônia Oriental

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