24/06/14 |   Biodiversidade  Produção vegetal

Emater/RS-Ascar e Embrapa Milho e Sorgo assinam acordo para instalação da primeira biofábrica do RS

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Foto: Joseani M. Antunes

Joseani M. Antunes - Jorge Buffon (Emater/RS Regional de Passo Fundo), Antônio Álvaro Purcino (Chefe-Geral Embrapa Milho e Sorgo), Lino De David (Presidente da Emater/RS) e Sergio Dotto (Chefe-Geral da Embrapa Trigo)

Jorge Buffon (Emater/RS Regional de Passo Fundo), Antônio Álvaro Purcino (Chefe-Geral Embrapa Milho e Sorgo), Lino De David (Presidente da Emater/RS) e Sergio Dotto (Chefe-Geral da Embrapa Trigo)

A Emater/RS-Ascar e a Embrapa Milho e Sorgo assinaram um acordo de cooperação técnica para a instalação da primeira biofábrica no Rio Grande do Sul. O ato foi na sede da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, no dia 11/06, durante o evento de Capacitação em Manejo Integrado de Pragas (MIP), que reuniu mais de 200 pessoas, entre técnicos e pesquisadores do RS, PR, MT, AM, MG e GO.

A biofábrica, que deve ser inaugurada no mês de agosto, vai funcionar em Montenegro, RS, com a criação de vespas Trichogramma, utilizadas no controle biológico de várias espécies de lagartas que atacam culturas de grãos e hortaliças. Até então, inóculos das vespas eram comprados de biofábricas de MG e SP, chegando com atraso para o controle de pragas, como no caso da helicoverpa e falsa medideira, que causaram prejuízos na última safra, limitando iniciativas de MIP.

A infraestrutura e produção do Tricrogramma ficarão a cargo da Emater/RS, que destinou cerca de 10 empregados da instituição para o trabalho nas instalações adaptadas no Centro de Treinamento em Montenegro. A orientação técnica será da Embrapa Milho e Sorgo, com sede em Sete Lagoas, MG. Para a distribuição das vespas aos produtores, a tecnologia vai contar com a parceria de sindicatos, associações, secretarias de agricultura e demais entidades do setor. A meta é estender o MIP a 10% da área de milho no Estado na próxima safra.

Conforme o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus "quando se trabalha com material biológico vivo, tem um tempo para chegar ao campo e um momento certo para a aplicação. Então a implantação de uma biofábrica aqui no Estado vai facilitar isso". Ele destacou ainda que a biofábrica também terá um caráter didático pedagógico para mostrar que é possível, com baixo custo e um processo simplificado, produzir agentes biológicos. De acordo com o diretor técnico, a intenção é massificar as biofábricas em várias regiões do Estado, para facilitar o acesso, a aquisição e aplicação pelos produtores.

Para o presidente da Emater/RS, Lino De David, essa parceria entre as instituições cumpre uma função pública, que é colocar a informação e a tecnologia a serviço dos agricultores. "O RS é campeão brasileiro no uso de agrotóxicos. A biofábrica faz parte de uma estratégia para produzir alimentos com maior qualidade e com menor uso de agrotóxicos. Isto é investir na sustentabilidade do sistema produtivo a longo prazo", disse.

Na opinião do Chefe-Geral da Embrapa Milho e Sorgo, com sede em Sete Lagoas, MG, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, esta é uma iniciativa pioneira na aproximação entre pesquisa e extensão para gerar soluções diretas ao produtor. "É necessário socializar essa experiência para todo Brasil. Temos que mostrar para a sociedade brasileira esse novo paradigma no manejo integrado de pragas, no uso de controle biológico. É um orgulho para nós da Embrapa participar disso e assistir a resultados entusiasmantes", destacou Purcino.

Joseani M. Antunes (9693 MTb/RS)
Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Trigo

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Vanessa Almeida de Moraes
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