Durante as comemorações do Dia da Mata Atlântica, nesta terça-feira, dia 27 de maio, a Embrapa Tabuleiros Costeiros recebeu uma visita inesperada.
Ao ouvir a entrevista do pesquisador Lauro Rodrigues na TV Sergipe, no Bom Dia DF, sobre as comemorações da Mata Atlântica na Reserva do Caju, a pedagoga Denise Pedrosa Cardoso  resolveu entrar em contato com a Unidade interessada em participar, pois sua família foi proprietária da Fazenda Caju, hoje Reserva do Caju, ou melhor RPPN do Caju, por portaria baixada em janeiro de 2011, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Seu pai, Péricles Vasconcelos Cardoso, era produtor de coco na área que era muito mais extensa do que é  hoje o também chamado Campo Experimental de Itaporanga d´Ajuda. 

Denise conta que era preciso três horas de viagem em Jipe, a partir do que é hoje o início da av. Melício Machado, pois a estada era de piçarra. Depois era preciso atravessar o rio Vaza-Barris de canoa a motor, ou não, mais uma hora e meia de trajeto. "Só havia uma simples vendinha, no Mosqueiro", relembra ela.

Ela lembrou ainda, emocionada, seu tempo de infância e adolescência na antiga Fazenda Caju onde brincava, colhia frutas silvestres e se impressionava com os animais da fazenda.

Há 34 anos, quando ela tinha 14 anos, seu pai teve um derrame e resolveram vender a fazenda, pois nenhum dos seus irmãos, já formados, se interessaram em levar adiante as atividades do pai.

"Fico muito feliz em saber que a Embrapa adquiriu  a Fazenda, pois todos sabemos a importância dos trabalhos desenvolvidos aqui", disse ela.

Em sua homenagem e a do seu pai, Denise fez parte do cerimonial do plantio de uma das quatro mudas de mangaba, fruta símbolo do Estado de Sergipe. Ela a plantou junto com o chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Manoel Moacir Macêdo,  e com o pesquisador Lauro Rodrigues, autor do projeto de manejo da RPPN Caju.   A pequena muda recebeu o nome de Denise.

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