Começou hoje (5) e vai até sexta, 9 de dezembro, na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Curso de Formação de Responsáveis Técnicos e Auditores da Produção Integrada de Morango (PIMo), utilizando como referência as Normas Técnicas Específicas. Destinado a técnicos agrícolas e agropecuários, engenheiros agrônomos (ou estudantes) e responsáveis técnicos e auditores capacitados há mais de cinco anos, é dividido em módulos: conceitual, processo produtivo e prático. Fagoni Calegario, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, responsável pelo Programa PIMo SP, desenvolvido desde 2006 pela Embrapa Meio Ambiente, e o primeiro a conquistar o direito ao uso do selo Brasil Certificado, explica que face aos problemas que a cultura do morango enfrenta com as notícias de contaminação por agrotóxicos, várias regiões produtoras manifestaram interesse em aderir ao sistema. Para isso, é necessário formar responsáveis técnicos e auditores. "O grande ganho é a integração da equipe, o trabalho em rede. É muito difícil trabalhar em produção integrada sozinho". Para Nelson Guedes, representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que fez a palestra de abertura, essa iniciativa é extremamente importante para a difusão e formação de um corpo técnico altamente gabaritado. Precisamos urgentemente repetir iniciativas como essa mais vezes ao ano, também para outras cadeias produtivas, já atendidas por Normas Técnicas. "O Ministério entende que essa iniciativa dá uma contribuição muito grande para toda a cadeia produtiva. Isso deve ser aproveitado e encorajado se pretendemos que o país evolua nessa área". Carlos Alexandre Gomes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária acredita que cursos de especialização como este são sempre importantes para atender as demandas da sociedade, pois trazem informações importantes sobre a legislação sanitária, que têm impacto na agricultura brasileira. Exigências De acordo com a Portaria Inmetro 443, de 23 de novembro de 2011, para obtenção da certificação é obrigatório que o grupo de produtores tenha um responsável técnico na área agropecuária. Nívea Vicentini, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG) e uma das coordenadoras do curso, explica que a Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil) é um programa de adesão voluntária, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que organiza e publica protocolos que definem requisitos mínimos para a sustentabilidade sócio econômica e ambiental de sistemas produtivos. Programas específicos para cada cultura são conduzidos e coordenados regionalmente, complementa.