13/12/16 |   Gestão ambiental e territorial

Seminário aborda desafios e avanços da defesa agropecuária

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Foto: Maria Conceição Pessoa

Maria Conceição Pessoa - Seminário

Seminário

Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) proferiram palestras em seminário sobre Ciência e Tecnologia para a Defesa Agropecuária, realizado de 7 e 8 de dezembro, pela Embrapa Informação Tecnológica, em Brasília, DF.

O evento abordou a situação atual, os desafios e os avanços científicos relacionados às principais pragas e doenças que ameaçam a estabilidade da produção face aos novos rumos da defesa agropecuária brasileira. Teve foco na apresentação de perspectivas que culminaram na elaboração dos trabalhos publicados na edição especial "Ameaças Sanitárias" da revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB), de maio de 2016, bem como na continuidade e/ou tendências futuras dos temas abordados. Na oportunidade também foi comemorado o 51° aniversário da revista PAB, com a presença de seu primeiro editor chefe, Dr. Dobereiner.

A pesquisadora Maria Conceição Pessoa da Embrapa Meio Ambiente ministrou palestra no tema Helicoverpa armigera, apresentando os trabalhos anteriores realizados pela Estação Quarentenária "Costa Lima" da Embrapa Meio Ambiente, que culminaram na proposta do trabalho publicado nessa edição especial: "Priorização de regiões do Cerrado brasileiro para o monitoramento de Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae)" de Maria Conceição Pessoa, Jeanne Marinho-Prado, Luiz Alexandre Sá, Rafael Mingoti, Wilson Holler e Claudio Spadotto.

Esse trabalho, realizado em parceria com a Embrapa Gestão Territorial (Campinas, SP), considerou as áreas contínuas e esparsas do bioma Cerrado, onde foram analisados os municípios brasileiros com alta produção de culturas hospedeiras anuais de algodão, soja, milho, tomate e feijão, bem como de hospedeiros secundários ou com potencial para atuarem como barreiras físicas em vôos migratórios de H. armigera, tais como os cultivos perenes de café e laranja e os florestais de pinus e eucalipto.

Foram analisados dados base dos cultivos de 2012, até então os mais recentes disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas informações foram espacializadas e cruzadas em Sistema de Informação Geográfica ArcGis, resultando em imagens com a localização das áreas a serem priorizadas no território nacional, com potencial de reinfestações sucessivas da praga, que contemplam 141 municípios, localizados nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, São Paulo e Tocantins e no Distrito Federal. A pesquisadora também apresentou considerações sobre trabalhos decorrentes, já publicados em Boletins de Pesquisa ou em andamento no mesmo tema, considerando dados de áreas plantadas em 2014 e 2015.

O pesquisador Luiz Alexandre Nogueira de Sá, também da Embrapa Meio Ambiente, proferiu palestra e falou sobre as perspectivas analisados no trabalho "Quarantine facilities and legal issues of the use of biocontrol agents in Brazil", de sua autoria com  Maria Conceição Pessoa, Gilberto de Moraes, Jeanne Marinho-Prado, Simone Prado e Rosa Vasconcelos, publicado também nessa edição especial.

Realizado em parceria com o Departamento de Entomologia e Acaralogia da Esalq/USP e com a Secretaria de Negócios da Embrapa, abordou o controle biológico clássico de pragas no Brasil, incluiu procedimentos e aspectos legais para importação e exportação de materiais biológicos nativos. Apresentou critérios necessários para a segurança quarentenária, como também informou materiais já introduzidos pela estação quarentenária "Costa Lima". Neste último, destacou os benefícios estratégicos das introduções e/ou exportações realizadas, sempre em conformidade com o processo oficial, para a defesa agropecuária nacional e para outros países.

Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente

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