12/12/16 |   Gestão ambiental e territorial

SAFs serão mapeados no Estado do Rio de Janeiro

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Foto: Alexander Resende

Alexander Resende -
Apesar de ter sido publicada há dois anos, a lei que regulamenta os sistemas agroflorestais (SAFs) no Estado do Rio de Janeiro ainda não é bem compreendida pelos agricultores. Para fazer com que ela efetivamente auxilie na implantação desses sistemas e promover o intercâmbio de conhecimentos entre aqueles que já os manejam ou pretendem implantá-los, a Embrapa vai mapear as experiências existentes no Estado, com o apoio de instituições parceiras. 
 
O primeiro passo para este levantamento foi uma oficina que reuniu cerca de 20 pesquisadores, professores e técnicos em Seropédica/RJ, nos dias 7 e 8 de dezembro. De acordo com o pesquisador Luiz Fernando de Moraes, da Embrapa Agrobiologia, os participantes conhecem essas experiências e contribuíram de alguma forma para sua implantação. "Falta fazer com que o conhecimento existente seja melhor difundido e auxilie outros agricultores. Para isso, precisamos saber quais são e como são os SAFs no Rio de Janeiro", disse o pesquisador da Embrapa Agrobiologia, que coordena o mapeamento.
 
A intenção é que a primeira parte do trabalho esteja finalizada ainda no primeiro semestre de 2017. As experiências consideradas mais representativas serão estudadas visando a uma análise mais detalhada. O objetivo é conhecer os aspectos técnicos, produtivos, econômicos e legais que envolvem esses SAFs. "Queremos entender como os produtores têm trabalhado para construir soluções. E, numa terceira etapa, eles serão convidados a conhecer as análises feitas no estudo", explica Luiz Fernando.
 
O mapeamento no Rio de Janeiro faz parte de um amplo estudo sobre SAFs que envolve ainda os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. "A ideia não é quantificar ou fazer uma espécie de censo. O que queremos é qualificar experiências, conhecer dificuldades, gargalos e impedimentos", explicou o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luiz Octávio Ramos Filho, um dos líderes do estudo iniciado em 2015.
 
O projeto envolve quatro Unidades da Embrapa (Meio Ambiente, Agrobiologia, Florestas e Clima Temperado) e integra o arranjo Sustrural – Restauração e adequação ambiental da paisagem rural na Mata Atlântica das Regiões Sul e Sudeste. Entre outros objetivos, os pesquisadores pretendem, até 2018, chegar a temas prioritários para novos programas e projetos que contribuam para a adoção dos SAFs. Além de cientistas da Embrapa, participam professores e técnicos de instituições parceiras, como universidades, órgãos de extensão rural e organizações não governamentais. 
 

Ana Lucia Ferreira (MTb 16913/RJ)
Embrapa Agrobiologia

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