Começa a exposição interativa “Tatus no Pantanal” em Corumbá
Começa a exposição interativa “Tatus no Pantanal” em Corumbá
Foi inaugurada na última semana em Corumbá a mostra "Tatus no Pantanal", resultado de uma parceria entre Embrapa Pantanal e Estação Natureza Pantanal, mantida pela Fundação Boticário. Na exposição, os visitantes podem entrar em contato com os hábitos e curiosidades relacionados a cinco espécies de tatu encontradas na região pantaneira: o tatu-bola (Tolypeutes matacus), tatu-canastra (Priodontes maximus), tatu-de-rabo-mole (Cabassous unicinctus), tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e tatu-galinha (Dasypus novemcinctus).
Com imagens, dados e filmagens cedidos pela pesquisadora Nina Attias, doutoranda na UFMS e bolsista na Embrapa Pantanal, e pelo pesquisador Arnaud Desbiez, coordenador do Projeto Tatu-canastra, a mostra ressalta a importância dos tatus para o nosso bioma. "Eles são presas para muitos carnívoros da região", afirma Nina Attias. Ela também diz que esses animais são conhecidos como os "engenheiros do ecossistema". "Eles fazem suas tocas e as usam por um tempo, depois as abandonam. Essas tocas podem ser usadas por vários outros bichos – a toca do tatu-canastra, por exemplo, pode ser usada por jaguatiricas e tamanduás".
Essas e outras informações sobre os tatus são exibidas através de fotografias, vídeos e cubos interativos na exposição. O administrador da Estação Natureza Pantanal, Gustavo Gaertner, afirma que a interatividade é uma parte importante da mostra. "Para entrar, é preciso passar por um túnel, simbolizando a toca do tatu. Você entra em um ambiente climatizado, que mostra como funcionam essas tocas nos ambientes naturais – elas são chamadas de refúgios térmicos por terem uma temperatura constante em torno de 25 graus", diz Gustavo.
Uma das intenções com esse trabalho, segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal Guilherme Mourão, orientador da pesquisa de Nina, é promover a conscientização do público e auxiliar na conservação dos tatus. "Este é um grupo de animais exclusivamente neotropicais, com origem na América do Sul e América Central. Se alguém tem que conservá-los, somos nós. Com exceção do tatu-galinha, que pode ocorrer até o sul dos Estados Unidos, os tatus não existem em outros lugares", afirma Guilherme.
Gustavo Gaertner diz ainda que a divulgação dos dados das pesquisas pode ajudar a conscientizar o público e, assim, auxiliar no combate a situações que ameaçam esses animais, como a caça e os atropelamentos. "Na mostra, são exibidos registros magníficos de câmeras filmando o que os tatus fazem – coisas que a gente, estando aqui na cidade, nem imagina", diz Gustavo. A expectativa de público, segundo o administrador, é de quatro mil visitantes até o final da exposição, que deve permanecer aberta até agosto deste ano.
Serviço
O que é: exposição interativa "Tatus no Pantanal"
Onde: Estação Natureza Pantanal - Ladeira José Bonifácio, 111 - Porto Geral/ Corumbá (MS)
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Sábados, das 14h às 18h
Ingressos: R$3,00 inteira/ R$1,50 para estudantes/ R$1,00 para moradores de Corumbá, Ladário e cidades vizinhas da Bolívia
OBS: Maiores de 60 anos, menores de seis anos e grupos de instituições públicas que agendarem a visita com antecedência não pagam.
Nicoli Dichoff (3252/SC)
Embrapa Pantanal
Contatos para a imprensa
nicoli.dichoff@embrapa.br
Telefone: +55 (67) 3234-5957
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/