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Embrapa estuda tecnologias para evitar volatilização do gás amônia da ureia

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Foto: Arquivo Embrapa

Arquivo Embrapa -

Como parte das atividades da Rede FertBrasil, a Embrapa Tabuleiros Costeiros, através dos pesquisadores Lafayette Franco Sobral, Joézio Luiz dos Anjos e Maria Conceição Santana Carvalho*, conduziu no Campo Experimental de Pedro Arle, no município de Frei Paulo, Sergipe, nos anos de 2011 e 2012, experimentos com o objetivo de estudar o efeito de tecnologias agregadas à ureia para evitar perdas de Nitrogênio (N) com a volatilização do gás Amônia (NH3).

Entre os fertilizantes nitrogenados, a ureia é a fonte mais utilizada no Brasil, em função do seu menor custo de produção e vantagens para uso na agricultura tais como alta concentração de N, solubilidade, compatibilidade com outros fertilizantes e menor corrosividade.

Entretanto, a volatilização do nitrogênio é uma desvantagem pois, quando aplicada ao solo, a ureia sofre hidrólise enzimática pela uréase, liberando N amoniacal reduzindo a produtividade das culturas.

Além da atividade da uréase, a intensidade das perdas de amônia da ureia é influenciada pelas condições climáticas, pela cobertura e pelo tipo de solo, pelas práticas culturais e pelo manejo do fertilizante (dose e forma de aplicação). A interação desses fatores determina a eficiência de utilização de N da ureia pelas culturas.

EXPERIMENTO
O experimento foi instalado em esquema fatorial 5(doses) x 5(fontes) mais uma testemunha sem N em blocos ao acaso com quatro repetições em um Cambissolo háplico Ta Eutrófico vertissólico.

As cinco doses corresponderam a 25, 50, 75, 100 e 125% da dose de 200 kg de N ha-1 e as tecnologias agregadas foram ureia protegida com polímero, ureia com inibidor de uréase, ureia perolada e revestida com ácido bórico e sulfato de cobre e ureia revestida com enxofre.

A produção de milho, que alcançou 7,8 toneladas por hectare, não foi influenciada pelas tecnologias agregadas à ureia indicando que nas condições experimentais, a volatilização do gás amônia da ureia não influenciou na produção de milho.

As doses que maximizaram a produção do milho variaram de 152 a 192 kg de nitrogênio por hectare.  Esta variação indica que algumas tecnologias agregadas foram mais eficientes que outras, sem, contudo, influenciar na produção do milho.

 

*Maria da Conceição Santana Carvalho é pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão.

Texto: Lafayette Franco Sobral

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