19/11/16 |   Transferência de Tecnologia

Pesquisadores realizam diagnóstico da fruticultura em regiões da Bahia

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Foto: Ceplac

Ceplac - Na Ceplac, os pesquisadores participaram de reunião

Na Ceplac, os pesquisadores participaram de reunião

Na busca por informações sistematizadas sobre a situação atual da fruticultura baiana, os pesquisadores Domingo Haroldo Reinhardt e Clovis Almeida, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) visitaram dois importantes polos de produção: as regiões do sul da Bahia, que tem nas cidades de Itabuna e Ilhéus os seus centros comerciais de maior destaque, e Livramento de Nossa Senhora, no centro-sul baiano.
O sul da Bahia é conhecido como região cacaueira, pois a cadeia produtiva de destaque — histórica e atual — é a do cacau, e foi nessa fruta que os pesquisadores focaram o seu trabalho, no período de 8 a 10 de novembro. Para isso, contaram com a parceria da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). "Tradicional instituição, com quase dois mil colaboradores distribuídos em escritórios e estações experimentais por todo o sul da Bahia, que tem dado sustentação tecnológica à referida cadeia produtiva ao longo dos últimos 70 anos", acrescentou Haroldo.
Em reunião realizada no Centro de Assistência Técnica e Extensão (Cenex), na sede da Ceplac, em Itabuna, no dia 9, foi apresentado o projeto Gestfrut e aplicado um questionário junto aos técnicos da extensão e da pesquisa da instituição. "O objetivo foi colher informações sobre os principais entraves nas etapas de produção e comercialização da fruta, bem como identificar as melhores alternativas em busca de possíveis soluções para os problemas constatados", afirmou Haroldo.
Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o projeto Gestfrut tem como uma de suas finalidades gerar subsídios para tomada de decisão sobre prioridades de pesquisa para os próximos editais de apoio à fruticultura baiana. Os pesquisadores visitaram ainda o Instituto Biofábrica do Cacau, em Ilhéus, onde observaram a produção de mudas de cacau, banana, goiaba e também de manivas-sementes de mandioca, em parceria com a Unidade.
Na região de Livramento de Nossa Senhora, o foco do diagnóstico realizado de 23 a 25 de novembro foram as cadeias produtivas de manga e de maracujá, ambas de grande impacto sobre a economia regional, que tem na fruticultura um dos seus maiores sustentáculos. Informantes-chave — produtores líderes, técnicos e comerciantes — preencheram questionário sobre os principais gargalos na produção e na comercialização das frutas e apontaram prioridades de soluções para os principais problemas levantados.
Com o apoio do agrônomo da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) Weber Aguiar, os pesquisadores conseguiram aplicar o questionário primeiro numa reunião de produtores da Associação do Distrito de Irrigação do Brumado, que recebe água captada de uma cachoeira encravada na encosta da Chapada Diamantina, às margens da estrada que conecta Livramento de Nossa Senhora a Rio de Contas. Depois os pesquisadores continuaram o trabalho mediante contatos pessoais com informantes-chave, tanto em escritórios e estabelecimentos comerciais como em propriedades rurais. Haroldo disse que foi especialmente interessante a visita realizada a plantios de maracujá nos municípios de Rio de Contas e Jussiape, na Chapada. "Ficou evidente que a fruticultura regional tem passado por mudanças em função da redução acentuada da disponibilidade de água ao longo da seca que afetou a região nos anos recentes. A perfuração desordenada de poços de água, fora do distrito de irrigação, contribuiu para a pulverização de pequenos pomares sem a devida orientação técnica, afetando o bom manejo das plantas, a produtividade e a organização da produção e do comércio das frutas. A manga, que antes se destinava também para o mercado externo, hoje é colocada exclusivamente no mercado interno, o qual corre o risco de saturação dentro de alguns anos, conforme preocupação expressa por alguns agentes destacados desta cadeia produtiva", avaliou o pesquisador.

Alessandra Vale (Mtb-RJ 21.215)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

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