25/07/14 |   Agroindústria  Produção vegetal

Indicação Geográfica: produtores do Juruá fazem intercâmbio no RS

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Arquivo

Arquivo - Agricultores na fábrica de doces de Pelotas

Agricultores na fábrica de doces de Pelotas

Produtores da tradicional farinha de mandioca do Vale do Juruá visitam o Rio Grande do Sul, entre os dias 20 e 26 de julho, para conhecer produtos com Indicação Geográfica, como os vinhos do Vale dos Vinhedos e os doces de Pelotas. A visita será importante para que os agricultores possam trocar experiências e avançar no processo de Indicação Geográfica da Farinha de Cruzeiro do Sul.

Os agricultores acrianos fizeram visitas técnicas à Associação dos Produtores de Doces, fábricas e locais de comercialização de doces em Pelotas, RS. Eles também conheceram os os projetos de Indicação Geográfica de Vinhos Finos e a Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS). 

A programação conta com visita à sede da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), que integra com 26 vinícolas associadas e 43 empreendimentos de apoio ao turismo.  Representantes da Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul (Aprobelo), que possui Indicação de Procedência dos vinhos, vão receber os agricultores do Juruá.

Farinha de Cruzeiro do Sul

A farinha produzida no Vale do Juruá apresenta características especiais, em função de fatores como solo, clima, vegetação e saber-fazer. Além da característica cultural, a farinha também possui especificidades químicas e físicas, como a quantidade de amido, a crocância e a granulometria.

Por esse motivo, os produtores estão preparando a documentação exigida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpe) para a obtenção da Indicação Geográfica (IG). O levantamento histórico da farinha de Cruzeiro do Sul, um dos documentos exigidos pelo Inpe, foi elaborado pela historiadora Irineida Nobre, do Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Elias Mansour (FEM).

A região Norte do País ainda não possui nenhum selo de Indicação Geográfica. Portanto, a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul é o produto mais próximo a alcançar o registro do Inpe. "Esse título permite mostrar ao restante do País produtos da região Norte, fazendo com que nossa produção seja mais valorizada e reconhecida", diz o analista Francisco de Assis.

Segundo a pesquisadora da Embrapa e coordenadora do projeto, Joana Souza, a Identificação Geográfica traz vários benefícios econômicos e sociais para o Vale do Juruá, principalmente a valorização do produto no mercado.

Além da coordenadora do projeto na Embrapa, a comitiva da viagem é formada por um analista do Sebrae, dois indígenas Poyanawa e quatro produtores rurais, integrantes da Cooperativa Agrícola Mista de Produtores Rurais de Cruzeiro do Sul (Camprucsul) e da Cooperativa Nova Aliança dos Produtores de Farinha do Vale do Juruá (Coopefarinha).

A viagem é organizada pela Embrapa Acre e pelo Serviço Nacional de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae, AC), instituições que assessoram os produtores rurais na obtenção da Indicação Geográfica. O encontro conta com o apoio da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS) e da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS).
 

Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre

Contatos para a imprensa

Telefone: (68) 3212-3250

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

intercambioindicacaogeograficacongresso-de-mandioca