Produtores assistem à demonstração de máquinas para destruição de restos culturais do algodão
Produtores assistem à demonstração de máquinas para destruição de restos culturais do algodão
Foto: Valdinei Sofiatti
Experimento vai testar vários equipamentos para destruição mecânica dos restos culturais do algodoeiro
Com o avanço das lavouras de algodão transgênico resistente ao glifosato está mais difícil destruir os restos da cultura quimicamente. A destruição dos restos culturais do algodão depois da colheita é uma medida necessária para reduzir a população de pragas que permanecem alojadas na chamada "soqueira" especialmente, o bicudo. Outra alternativa para o produtor é a destruição mecânica das plantas.
Nesta quinta-feira (21), o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e a Embrapa promoveram uma demonstração de máquinas para destruição de restos culturais das lavouras de algodoeiro. O evento reuniu agricultores, gerentes de fazendas, engenheiros agrônomos, consultores e outros profissionais ligados à cotonicultura na sede da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio - Comdeagro, em Primavera do Leste (BR-070 Km 286).
A destruição dos restos culturais é fundamental para eliminar a chamada "ponte verde", responsável por fornecer alimento e abrigo aos insetos-praga no período que antecede a safra seguinte. "A correta destruição de soqueiras reduz a pressão de pragas, como o bicudo, e doenças sobre a cultura do algodoeiro", disse o pesquisador do IMAmt, Edson de Andrade Júnior.
A Embrapa, com o apoio do IMAmt, também realizará ensaios para avaliar diferentes equipamentos na destruição dos restos culturais do algodoeiro. "O experimento vai testar vários equipamentos para destruição mecânica, desde a grade aradora, implementos específicos para destruição de soqueira e também o controle químico e o controle combinado (mecânico + químico)", informou o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, pesquisador Valdinei Sofiatti.
Vazio sanitário
Após a destruição dos restos culturais inicia-se o vazio sanitário, período de no mínimo 60 dias em que é proibida a presença de plantas vivas nas áreas agricultáveis. Na maioria dos estados produtores de algodão, existem leis que regulamentam a obrigatoriedade desta prática. O produtor que não destruir os restos culturais do algodoeiro após a colheita poderá sofrer penalidades como multa e isenção de incentivos fiscais durante a comercialização da fibra.
Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão
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