21/08/14 |   Gestão Estratégica

Comitê Assessor Externo define agenda de pesquisa

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - Comitê Assessor Externo e gestores se reunem para auxiliar na construção da agenda institucional do Centro de Pesquisa

Comitê Assessor Externo e gestores se reunem para auxiliar na construção da agenda institucional do Centro de Pesquisa

Membros do Comitê Assessor Externo (CAE) da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) e gestores reuniram-se nesta quinta-feira (21) para auxiliar na construção da agenda institucional do Centro de Pesquisa. O CAE é um grupo formado por representantes de diferentes instituições parceiras, definidos pela presidência Executiva da Embrapa, mediante lista previamente indicada pela própria Unidade. Este é o quarto encontro oficial do Comitê, instituído em junho de 2013.
 
A reunião teve início com a saudação do chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, e do diretor técnico da Emater/Ascar-RS e presidente do CAE, Gervasio Paulus. Para Pillon, o momento é estratégico. "A Embrapa está revisando seu Plano Diretor. E as Unidades também precisam repensar suas ações. Precisamos definir a agenda de Pesquisa e Desenvolvimento do futuro", afirmou. 
 
O chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento, Jair Natchigal contribuiu apresentando as estruturas de pesquisa e, na sequência, alguns dados sobre a atuação da Unidade. O chefe-adjunto Administrativo, José Dias Vianna Filho, contextualizou a estrutura orçamentária e humana. E o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, João Carlos Costa Gomes, apresentou os esforços da equipe na prospecção de demandas e no compartilhamento de conhecimentos com seus públicos.
 
Desafios
Pillon, ao abordar os atuais desafios da pesquisa, ressaltou a preocupação da atual agenda institucional com temas como eficiência, bem estar humano e animal, serviços inteligentes, territorialidade, alimento, sustentabilidade e inclusão. Para ele, haverá uma cobrança cada vez maior para uma produção mais eficiente de alimentos, considerando-se, principalmente, o uso eficiente de água, nutrientes e energia e o uso racional e seguro dos agrotóxicos. O chefe-geral afirma ainda que esses aspectos devem se adequar ao contexto local. "Um centro ecorregional como o nosso precisa estar ligado à atuação da agricultura regional", completa.
 
Contribuições
Durante a reunião, cada um dos integrantes do CAE fez suas contribuições para a construção da agenda institucional da Embrapa Clima Temperado, tendo em vista cenários, desafios técnico-científicos e oportunidades de atuação. O diretor técnico da Emater/Ascar-RS, Gervasio Paulus, iniciou apontando dados da economia gaúcha, reforçando a vocação ao setor primário: cerca de 50% do PIB do Estado é vinculado às cadeias produtivas, sendo 27% oriundo da agricultura familiar. Por isso, como desafios, Gervasio aponta a produção sustentável de alimentos, a inclusão social e produtiva, a organização social e econômica, a criação de políticas públicas e a formação técnica.
 
O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), Cláudio Pereira, falou, principalmente, da degradação ambiental causada pela cultura do arroz em função do uso de agrotóxicos. Segundo ele, a monocultura, além de gerar altos custos, ainda impacta o meio ambiente. "Combatendo a monocultura a gente presta um grande serviço à população", afirmou. Como exemplo de diversificação, Pereira indicou a produção sustentável do milho. E ressaltou ainda o investimento em agroindústrias e a utilização de sistemas integrados de produção. "Podemos caminhar a passos largos a uma nova realidade econômica e social da metade sul".
 
"É fácil construir uma agenda para os outros executarem.", brincou o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Celso Manzatto, ao iniciar suas contribuições. Primeiramente, ressaltou que as Unidades da Embrapa precisam atentar aos processos administrativos, que dão suporte às atividades de pesquisa. No âmbito de Pesquisa & Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia, destacou a importância de se fazer pesquisa dentro dos processos de transferência, refletindo sobre as ferramentas, os territórios e as possibilidades. As mudanças climáticas e controle biológico de pragas também entraram na pauta de Manzatto. "Não é mais agenda de futuro. É atual", disse. 
 
Dentre as contribuições do chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Gustavo Xavier, o destaque foi o incentivo a uma maior integração e ao trabalho conjunto entre as Unidades da Embrapa. "Elas não devem competir entre si, como ocorria antigamente, mas, ao contrário, devem compartilhar resultados", falou. 
 
Para o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Estado, Marcos Regelin, o grande desafio de instituições como a Embrapa é traduzir o acesso às tecnologias em desenvolvimento para a agricultura familiar, fazendo bom uso dos  recursos disponibilizados pelos Ministérios e instituições parceiras.  "Nos últimos anos houve um avanço na captação e no uso de recursos voltados para a agricultura familiar", afirmou.
 
No contexto da educação, o professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Helvio Casalinho, indicou que a Embrapa e instituições como Emater e Epagri precisam refletir sobre o tipo de profissional que esperam receber das instituições de ensino, ao mesmo tempo em que pautam a pesquisa para os próximos anos. 
 
O representante do setor industrial, Marcos Oderich, comentou que um dos principais gargalos das agroindústrias é o baixo nível de inovação do setor. A sanidade dos alimentos também foi uma das preocupações apresentadas. "O que falta para nós é agregar valor a nossa produção, seja ela qual for."
 
Finalmente, o chefe de gabinete da presidência da Epagri, Gabriel Berenhauser Leite, fez uma reflexão sobre a amplitude da agenda de pesquisa da Embrapa Clima Temperado, argumentando que ações muito diversas podem pulverizar e diminuir o impacto dos resultados. "Será que temos capacidade e competência para trabalhar e atender a todos os públicos e assuntos?", indagou. 
 
Membros
São membros do CAE o diretor técnico da Emater, Gervasio Paulus; o chefe-adjunto de Transferência e Tecnologia da Embrapa Clima Temperado, João Carlos Costa Gomes; o delegado do MDA, Marcos Regelin; o presidente IRGA, Claudio Pereira; o professor da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem) da UFPel, Helvio Casalinho; o técnico da Epagri, Gabriel Berenhauser Leite; o diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs) e da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Marcos Oderich; o representante da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura,  Marco Antonio Machado; e o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Celso Manzatto. Na ocasião, o chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Gustavo Xavier, também foi apresentado como novo membro ao Comitê, que agora passa a contar com dez integrantes.
 

Francisco Lima (13696 DRT/RS)
Embrapa Clima Temperado

Contatos para a imprensa

Telefone: (53) 3275-8206

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

caecomite-assessor-externogestaoparceirosplanejamentofuturo