A Embrapa Algodão passou a contar a partir desta semana com um equipamento de última geração capaz de capturar imagens em escala nanométrica para auxiliar pesquisas em química analítica aplicada. Trata-se da câmera de imagem hiperespectral no infravermelho próximo, tecnologia com capacidade para revelar detalhes invisíveis à visão humana, que vem sendo utilizado em diferentes campos do conhecimento desde artes, mineralogia, até produtos agropecuários.

Em cada área de aplicação a câmera é usada para identificar, medir e mapear as propriedades físicas, químicas e biológicas dos objetos escaneados.

No Laboratório de Tecnologia Química da Unidade, o equipamento apoiará as pesquisas com melhoramento genético através das análises químicas de sementes para fenotipagem, bem como, no estudo da qualidade de fibras de algodão. A equipe do laboratório foi treinada para operar a câmera pelo técnico francês radicado na Filândia, Mathieu Marmion.

Segundo o pesquisador da Embrapa Algodão, Everaldo Medeiros, o uso da câmera hiperespectral em laboratório é uma técnica analítica emergente que está na vanguarda do conhecimento. "A técnica permite automatizar várias etapas de análises químicas. No passado, amostras eram analisadas individualmente e agora poderão ser analisadas em escala industrial, sem destruí-las", afirmou.

Esse é o segundo equipamento do gênero no país e na América Latina. O primeiro foi adquirido pelo Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp.