04/09/14 |   Geotecnologia

Projeto sobre degradação florestal na Amazônia atrai cientista do exterior

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Foto: Satélite LandSat8

Satélite LandSat8 - Imagem da região do rio Xingu, apontando o impacto de incêndio florestal.

Imagem da região do rio Xingu, apontando o impacto de incêndio florestal.

Pesquisas sobre as mudanças no uso da terra e os processos de degradação florestal na Amazônia, desenvolvidas pela Embrapa Monitoramento por Satélite, vão contar a partir deste ano com a colaboração de pesquisador vindo do exterior, vinculado ao programa Ciência sem Fronteiras. O americano Douglas Christopher Morton, cientista da agência espacial norte-americana (Nasa), foi contemplado na modalidade Pesquisador Visitante Especial (PVE) do programa, conduzido pelo CNPq. A modalidade busca atrair cientistas renomados e líderes de grupos de pesquisa internacionais, estrangeiros ou brasileiros, com expressiva produção científica ou tecnológica nas áreas de conhecimento prioritárias do programa. Em setembro ele deve realizar levantamento de campo no Pará, o primeiro depois da aprovação do projeto pela Embrapa em edital competitivo do Ciência sem Fronteiras.


Pesquisador no Goddard Space Flight Center, da Nasa, e professor assistente da Universidade de Maryland, Douglas Morton é especialista em florestas tropicais e mudanças do uso da terra, incluindo desmatamento e usos agrícolas. Desde o ano 2000, realiza trabalhos na Amazônia brasileira aplicando dados de satélites em estudos sobre incêndios florestais e a emissão de gases de efeito estufa. É autor de vários trabalhos publicados em revistas científicas importantes, como Nature e Science. Na Embrapa, Morton vai colaborar em projeto de pesquisa sobre os processos de degradação florestal e sua relação com a exploração madeireira, o desflorestamento, a fragmentação das paisagens e a ocorrência de incêndios no sub-bosque.


O projeto tem parceria do Serviço Florestal Americano (USFS) e vai utilizar séries temporais de imagens de satélite para avaliar as trajetórias de uso da terra e reconstruir o histórico de degradação ocorrido em três regiões nos estados do Pará e Mato Grosso. Levantamentos aerotransportados por perfilamento a laser (LiDAR) e coletas de dados de campo, realizados em diferentes períodos, também vão permitir estimar alterações na biomassa. "A ideia é oferecer uma visão integrada do processo de degradação florestal e sua interação com fatores humanos, contribuindo para políticas públicas na região", explica o pesquisador Mateus Batistella, chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite e coordenador do projeto. Segundo ele, a oportunidade de interação com pesquisadores vindos do exterior contribui para o avanço do conhecimento e a formação no país de recursos humanos altamente qualificados.


Além do pesquisador da Nasa, o projeto aprovado no programa Ciência sem Fronteiras está viabilizando a vinda de outros talentos, como o pesquisador brasileiro e pós-doutorando Marcos Longo, já integrado à equipe da Embrapa Monitoramento por Satélite. Ele acaba de concluir o doutorado na área de ciências ambientais pela Universidade de Harvard (EUA), onde estudou as interações entre a biosfera e a atmosfera causadas pelo desmatamento e os impactos no regime de chuvas na região. Longo também participa de grupos de pesquisa internacionais, que desenvolvem modelos climáticos para estudo dos efeitos das mudanças ambientais.

Graziella Galinari (MTb 3863 / PR)
Embrapa Monitoramento por Satélite

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