Público atento e qualificado, debates com pesquisadores de renome e experiência internacional e temas de grande relevância para a pesquisa agropecuária no país marcaram a semana em Sergipe com o projeto Ciência em Debate, promovido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE).

Na quarta-feira (3), o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), Pedro Gama, fez a palestra ‘As perspectivas da pesquisa para o desenvolvimento do Semiárido Nordestino', numa iniciativa conjunta da Embrapa e Universidade Federal de Sergipe (UFS). O encontro, no prédio da Reitoria da UFS, foi prestigiado pelo reitor da instituição, Angelo Antoniolli, e do chefe-geral da unidade da Embrapa em Sergipe, Manoel Moacir Macedo, e contou com representantes de órgãos municipais, estaduais e federais de desenvolvimento, como Incra, Emdagro, Sebrae, ITPS e Fapitec.

Com 40 anos de experiência em pesquisa no Semiárido, Gama traçou um abrangente perfil da região, descrevendo contexto histórico, cenários atuais e perspectivas de futuro. Ele destacou a necessidade de uma nova modernização da agricultura, baseada na realidade do Semiárido, considerando seus riscos climáticos, ambientais e econômicos, além do grande déficit hídrico da região.

"A agricultura do semiárido exige um padrão de inovação tecnológica própria – manejo de solo e água, cultivo de variedades adaptadas à sazonalidade das chuvas e ao déficit hídrico. Há uma necessidade de inovações e Investimento em pesquisa para conhecer melhor os recursos naturais, os sistemas produtivos e definir manejos adequados para produzir e preservar a biodiversidade", ressaltou.

Na sexta-feira (5), foi a vez da palestra da pesquisadora Tatiana Sá, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), especialista em ecofisiologia vegetal. No auditório da Embrapa, ela falou sobre ‘As dimensões da agroecologia e grandes temas da atualidade: perspectivas global, nacional  e regional'.

Com larga experiência em agrometeorologia e biofísica vegetal, Tatiana abordou a agroecologia a partir das crises atuais, incluindo a realidade do antropoceno – termo usado por alguns cientistas para descrever o período mais recente na história do planeta Terra. Ela finalizou sua palestra com uma visão a partir da realidade amazônica.

Fortalecendo o formato de debate, ao final, os participantes tiveram a chance de fazer perguntas, questionamentos e colocações para os palestrantes, que enriqueceram ainda mais a discussão através da interação.

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