As doenças que afetam a cultura da soja podem causar perdas anuais de produção que variam de 10% a 70%, dependendo do patógeno causador da doença, da região, das condições climáticas e das estratégias de manejo escolhidas pelos produtores. Uma dessas doenças é a podridão de carvão, causada pelo fungo Macrophomina phaseolina. Esse fungo é natural do solo e, portanto, todas as regiões produtoras de soja potencialmente podem ter problemas com a doença, mas os relatos de ocorrência estão associados a regiões sujeitas a veranicos ou menor pluviosidade. Como o fungo infecta a raiz da planta, seus efeitos, muitas vezes, só são percebidos quando a lavoura já está comprometida. A Embrapa Soja está disponibilizando informações detalhadas sobre o Macrophomina phaseolina e a podridão de carvão, em uma publicação dirigida a técnicos e produtores na publicação Macrophomina phaseolina em soja. O livro reúne resultados de experimentos conduzidos em parceria com a Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo) desde 1985. Um dos pontos abordados na publicação é a ampla área de ocorrência da doença, que varia de acordo com as condições climáticas. Secas prolongadas aliadas às altas temperaturas favorecem a infecção de mais de 300 espécies de plantas pelo fungo. Além disso, solos compactados dificultam o aprofundamento das raízes, expondo-as à ação do patógeno. No solo, distribui-se de maneira desuniforme infectando plantas "em reboleiras", ou seja, em manchas distribuídas na lavoura. Os pesquisadores da Embrapa explicam que o método mais prático e econômico para controlar a podridão de carvão é por meio do uso de cultivares resistentes. No entanto, ainda não foram desenvolvidas materiais para serem utilizados comercialmente. Como a doença é de difícil controle, os pesquisadores alertam para a necessidade de adotar estratégias de manejo do solo que evitem a compactação e aumentem a matéria orgânica do solo. Serviço Livro: Macrophomina phaseolina em soja Aquisição pelo telefone: (43) 3371-6119 E-mail: cnpso.vendas@embrapa.br