Dia de Campo aborda cultivo orgânico de feijão em Piratini/RS
Dia de Campo aborda cultivo orgânico de feijão em Piratini/RS
Foto: Rafael Dias
No Dia de Campo foram debatidos os custos de produção e manejo, e possíveis melhorias para as próximas safras
Na última terça-feira (31), a propriedade familiar Vivendas das Acácias, localizada na Serra das Asperezas, em Piratini/RS, recebeu um Dia de Campo sobre Feijão Orgânico, promovido pelo escritório municipal da Emater-RS/Ascar em parceria com a União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu/RS (Unaic) e pela Cooperativa União, também de Canguçu. A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) esteve representada pelo pesquisador Irajá Antunes, que falou sobre diferentes variedades de feijão.
De acordo com ele, é possível explorar o lado nutricional de acordo com a variedade escolhida e, assim, complementar a alimentação. "Se a gente comer diferentes tipos, a gente, em princípio, está tendo uma alimentação mais balanceada", afirmou. A analista da Embrapa, Andréa Noronha, também participou da atividade, falando sobre a importância da preservação de sementes para manutenção da biodiversidade.
O objetivo do Dia de Campo foi mostrar os resultados do plantio de feijão preto agroecológico em área não utilizada por quinze anos. Também foram debatidos os custos de produção e manejo, e possíveis melhorias para as próximas safras. Cerca de sessenta produtores participaram das atividades, entre moradores de um assentamento próximo e agricultores familiares de Canguçu ligados ao cultivo orgânico.
Boa produtividade na primeira tentativa
De acordo com Felipe Amaral, dono da propriedade e técnico da Emater/RS-Ascar, a área de seis hectares foi preparada primeiramente para o cultivo de oliveiras, em agosto do ano passado. Com a demora na chegada das mudas, optou-se então pelo cultivo de feijão preto, no final de novembro. A opção não decepcionou o agricultor.
Com uma média de cinquenta quilos plantados por hectare, Felipe espera colher um saco de feijão por quilo cultivado, se as condições climáticas forem favoráveis. Ele enfatizou a importância do plantio de alimentos em uma região onde a soja prevalece. O custo inicial por hectare foi de 2,2 mil reais, e a expectativa de lucro é de aproximadamente 15 mil reais por hectare.
Neste primeiro cultivo, foram escolhidas sementes das variedades Uirapuru e da BRS Esplendor, multiplicadas pela Cooperativa União em coligação com a Unaic, parceiras da Embrapa Clima Temperado. Para a próxima safra, Amaral estima que novas variedades sejam testadas na propriedade.
Colaboração: Gabriela Schmalfuss Borges (estagiária)
Francisco Lima (13696 DRT/RS)
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