08/02/17 |   Agricultura familiar

Agricultores de Paty do Alferes participam de dia de campo sobre feijão-caupi

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Foto: João Luiz Bastos

João Luiz Bastos -

Cerca de 30 produtores rurais das proximidades de Paty do Alferes, município do centro-sul do Estado do Rio de Janeiro, participaram de um dia de campo especial sobre a cultura do feijão-caupi e seu potencial para a região. “O que nos motivou a fazer esse evento foi, primeiramente, apresentar essa cultura para agricultores locais, já que o caupi se desenvolve muito bem ali, apesar de ser uma região alta e não haver o costume de plantá-lo”, explica a pesquisadora da Embrapa Agrobiologia Norma Rumjanek.

O agricultor Paulo Gustavo Lobo, proprietário de um sítio em Paty do Alferes, exemplifica perfeitamente a fala de Norma. Produtor de orgânicos, ele privilegia em sua propriedade o cultivo de hortaliças, batata-doce, açafrão, aipim, entre outras variedades comerciais. “Nunca trabalhei com feijão”, diz. Mas foi exatamente por isso que ele se interessou no evento. “Foi muito interessante porque fiquei entusiasmado em experimentar, especialmente para a recuperação do solo no uso como adubo verde. Vou fazer o teste, assim que a chuva der uma trégua”, revela.

A possibilidade de uso como adubo verde foi explicitada no Dia de Campo, quando foram demonstradas e distribuídas para os participantes sementes de duas variedades de feijão-caupi com potencial para produção de grãos e de massa vegetal para a adubação verde. “Uma delas, a variedade costelão, é coletada como grão verde, e a outra é um pouco semelhante ao feijão-fradinho, que o pessoal utiliza bastante aqui no Sudeste”, cita a pesquisadora. Ela também falou aos visitantes sobre fixação biológica de nitrogênio e inoculação de sementes, mostrando como é o processo e também como pode ser feita a partir de extrato de nódulos. 

Vera Fátima Martins, agricultora do Núcleo Acampar Orgânicos, de Paty do Alferes, diz que a maior parte de sua propriedade é usada para o cultivo de hortaliças – e também de algumas frutíferas para consumo próprio. Para ela, participar do dia de campo foi muito positivo para que ela e seu grupo pudessem experimentar uma nova possibilidade. “Já até plantei o caupi”, conta, entusiasmada. Segundo ela, foram feitos plantios dos dois tipos de sementes apresentados no dia de campo, parte inoculada e parte sem inoculação. “É um trecho pequeno para o cultivo, mas vamos poder observar o crescimento e a produtividade das plantas”, destaca.

O produtor rural Luiz Carlos Santos, sergipano que se instalou na cidade e lá mantém um sítio para produção de maracujá, aipim e algumas hortaliças, ainda não fez o plantio das sementes, mas diz que está ansioso para testar a inoculação. Ele já trabalhou com a cultura anteriormente e confirma que ali é área muito boa para seu desenvolvimento.  “Eu vim da terra do caupi e já plantei aqui, mas nunca tinha ouvido falar desse inoculante. Vou testar para ver se funciona mesmo”, conta.

O Dia de Campo teve a parceria da Pesagro-Rio, da Emater-Rio, do Instituto Cedro, do Instituto de Desenvolvimento e Ação Comunitária (Idaco), da Associação de Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro (Abio), do Programa Rio Rural e da Prefeitura de Paty do Alferes, tendo sido realizado na estação experimental da Pesagro-Rio em Avelar, distrito do município.

Liliane Bello (MTb 01799/GO)
Embrapa Agrobiologia

Telefone: (21) 3441-1500

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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