Encontro aproxima pesquisa, consultores e empresas da cadeia do algodão
Encontro aproxima pesquisa, consultores e empresas da cadeia do algodão
A aproximação dos diferentes atores que atuam na cadeia produtiva do algodão no Cerrado brasileiro foi o primeiro resultado gerado pelo Encontro sobre o Manejo da Cultura do Algodoeiro realizado entre os dias 9 e 11 de setembro na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). Durante três dias pesquisadores da Embrapa e de outras instituições de pesquisa, consultores técnicos da Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais e representantes de empresas de insumos discutiram e levantaram as principais demandas da cotonicultura.
Por meio de grupos de trabalho e debates, foram prospectados os principais gargalos encontrados no campo referentes ao manejo de solo, manejo de plantas daninhas, manejo integrado de pragas, doenças e nematoides.
De acordo com o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Liv Severino, há uma grande dificuldade de comunicação entre os diferentes atores da cadeia produtiva e este encontro foi uma forma de uni-los pela primeira vez para uma conversa sobre os principais problemas e possíveis soluções.
"Faltam várias tecnologias que não foram desenvolvidas ainda, mas temos também muita coisa já pronta que não está chegando lá no campo. Isso é simplesmente uma questão de levar este conhecimento para as pessoas que estão precisando: os produtores", afirma.
Entre os temas destacados como gargalos da produção estão questões como falta de palhada no solo, resistência de pragas e plantas daninhas a ingredientes ativos, falta de rotação de culturas, compactação do solo contribuindo para intensificação dos danos causados pelos nematoides, uso incipiente das áreas de refúgio, alta incidência de doenças como a mancha ramulária, entre outros.
Todas as informações discutidas neste evento serão compiladas em uma agenda para que possam se tornar ações concretas e pesquisa, validação e transferência de tecnologia. Para isso, as atividades serão desenvolvidas de forma cooperativa e integrada.
"Vamos articular a implantação de algumas unidades de pesquisa, validação e transferência de tecnologia e poderemos difundir as tecnologias disponíveis que podem ser levadas ao sistema produtivo como um todo", informa o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, Valdinei Sofiatti.
As ações que serão propostas buscarão reunir todo o conhecimento existente, não só na Embrapa, mas também em instituições de pesquisa como Fundação Mato Grosso, Instituto Mato-grossense do Algodão, Fundação Bahia, Universidades, empresas de insumos, entre outros. O grande objetivo é fazer com que estas informações cheguem ao campo e possam ser aplicados, tornando a cadeia do algodão mais sustentável e longeva no Cerrado brasileiro.
Para os consultores presentes a possibilidade de maior aproximação entre a pesquisa e o campo, bem como o desenvolvimento de trabalhos em parceria, abre boas possibilidades para a cotonicultura.
"Acho que a iniciativa de iniciar este diálogo foi muito interessante. A gente espera que realmente continue e que este caminho que foi aberto agora permaneça. Não seja apenas um evento e sim o início de uma caminhada em que possamos construir, fazer trabalhos em conjunto e realmente gerar informações que vão ajudar nossos produtores", analisa o consultor do oeste baiano Milton Ide.
Gabriel Faria (mtb 15.624/MG JP)
Embrapa Agrossilvipastoril
Contatos para a imprensa
agrossilvipastoril.imprensa@embrapa.br
Telefone: (66) 3211-4227
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/