Helicoverpa Armigera em destaque no Projeto Soja Brasil
Helicoverpa Armigera em destaque no Projeto Soja Brasil
As atividades do Projeto Soja Brasil, realizadas na manhã de quinta-feira, 25 de setembro, reuniu produtores, pesquisadores, estudantes e técnicos agrícolas, no auditório do Sindicato Rural de Dourados, para o Workshop de apresentação dos principais resultados obtidos pelo projeto de pesquisa intitulado "Monitoramento e controle da Helicoverpa Armigera em Mato Grosso do Sul". A pesquisa está sendo desenvolvida por meio de parceria entre Fundação MS, Fundação Chapadão e Embrapa Agropecuária Oeste, com participação de estudantes de pós-graduação da UFGD.
Durante o Workshop, que contou com palestras do pesquisador da Embrapa Agropecuária Oee,st Harley Nonato de Oliveira, do pesquisador da Fundação MS, José Fernando Grigolli e da bióloga e pós-doutoranda, Daniele Fabiana Glaeser, os participantes conheceram os principais resultados do projeto. Ao final das palestras, foi realizada uma mesa redonda, coordenada pelo presidente da Aprosoja-MS, Maurício Saito, que contou com a presença dos palestrantes, do presidente da Fundação MS, Luís Alberto Moraes Novaes e do pesquisador da Fundação Chapadão, Germison Tonquelski.
"O projeto vem sendo desenvolvido desde o início desse ano e foi uma ação muito enriquecedora, especialmente porque proporcionou a integração das três instituições envolvidas, que unidas de forma estratégica, estão buscando canalizar seus esforços para encontrar respostas que contribuam com o manejo da Helicoverpa no Estado, em curto espaço de tempo", explica o Chefe Geral em Exercício da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira. A Helicoverpa armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem surpreendido produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão.
Segundo ele, os resultados obtidos até o momento são promissores, tanto para viabilizar algumas respostas emergenciais, quanto em relação ao curto espaço de tempo de pesquisa disponível para dar resposta para essa importante questão. "Os estudos de criação massal da Helicoverpa apresentaram resultados positivos e o uso, em laboratório, de agentes de controle biológico foram bem sucedidos no combate a Helicoverpa. Agora poderemos avançar nas pesquisa sobre esse assunto, buscando maior conhecimento sobre essa praga e apresentando outras estratégias que fortaleçam a produção agrícolas sustentável do Estado", salienta Harley.
O pesquisador da Fundação MS, Fernando Grigolli, explicou que as pesquisas demonstraram que a Helicoverpa encontra-se distribuída pelo Estado, independente da paisagem agrícola, porém com maior incidência na região Norte de Mato Grosso do Sul. "Essa é uma importante informação que demanda atenção dos produtores em relação ao Manejo Integrada de Pragas (MIP). O produtor precisa realizar amostragem de pragas da lavoura, saber o que tem e quanto tem de percevejos e lagartas, para definir as estratégias de manejo adequadas, utilizar inseticidas com lagartas ainda pequenas, quando for o caso, e optar por produtos fisiológicos, optando pelos seletivos", destacou Grigolli.
O presidente da Fundação MS, Luís Alberto Moraes Novaes, destacou que pesquisa é essencial para sabermos como a praga se desenvolve na safra e nas diferentes paisagens agrícolas. "É preciso conhecer para sermos mais estratégicos e eficientes em relação as condutas. O controle biológico nas lavouras pode ser uma alternativa interessante. Entretanto, precisamos realizar um monitoramento efetivo do ambiente em que vivemos, com previsão do desenvolvimento de pragas, tomadas de decisão adequadas. Além disso, é preciso atenção as aplicações preventivas que precisam ser reavaliadas. Estamos vivendo uma nova realidade nas lavouras, e com isso, precisamos nos dedicar para a alternância de princípios ativos, rotação de culturas e implantação de outras alternativas que viabilizem a sustentabilidade dos sistemas de produção", acrescentou Novaes.
O produtor rural e diretor regional da Aprosoja-MS, Lúcio Damalia, destacou a relevância do workshop, que enfatizou a amplitude do problema da Helicoverpa armigera. Segundo ele, esse problema reforça a necessidade da rotação de culturas e do monitoramento das pragas nas lavouras. "O produtor precisa estar atento e informado, especialmente, para evitar o uso inadequado das tecnologias disponíveis", disse.
Durante a tarde, aconteceu o Fórum Soja Brasil: estratégias contra pragas e doenças, que contou com a participação do pesquisador da Embrapa Soja, Edson Hirose, do presidente da Aprosoja-MS, Maurício Saito, do diretor executivo da Aprosoja Brasil, Marcelo Katakura e do professor da UFGD, Paulo Degrande.
Lançamento do Projeto Soja Brasil em Dourados - O lançamento nacional do plantio da safra da soja 2014/15, aconteceu nessa quarta-feira, 24 de setembro, no Sindicato Rural de Dourados. O evento realizado no município reuniu autoridades estaduais e federais, com destaque para a presença do Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Neri Geller e do Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. Na solenidade também estavam presentes o Chefe Geral em Exercício da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, o Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo. Os Chefes Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento e de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pantanal, Aiesca Pellegrin e José Anibal Comastri Filho, respectivamente e a Chefe Adjunta de Administração da Embrapa Gado de Corte, Lúcia Gatto que também prestigiaram a solenidade.
Em entrevista, o ministro Neri Geller destacou que a Embrapa é orgulho do Governo Federal e da sociedade brasileira. "A participação da Embrapa no Projeto Soja Brasil fortalece a conexão entre a Embrapa e os produtores rurais, favorecendo a difusão de tecnologia. A Embrapa é a grande responsável pela pesquisa e incorporação de novas tecnologias que estão contribuindo para a transformação do cenário agrícola", salientou Geller.
Entenda o Projeto Soja Brasil - Pelo quinto ano consecutivo, a Embrapa e o Canal Rural acompanham a safra de soja e levam mais informação e capacitação aos produtores rurais, por meio do Projeto Soja Brasil, que é veiculado pela televisão e pode ser acessado na internet: http://sojabrasil.ruralbr.com.br/, além das atividades em fóruns e palestras presenciais. A Embrapa tem a coordenação técnica do Projeto Soja Brasil. O comitê gestor é formado por pesquisadores e profissionais de comunicação, em sua maioria da Embrapa Soja e com o envolvimento da Embrapa Produtos e Mercados. "O Soja Brasil tem dado excelentes resultados, porque conseguimos compartilhar o conhecimento gerado pela pesquisa de forma didática e com bastante agilidade", explica o Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Alexandre José Cattelan.
Entre julho e outubro desse ano, o Soja Brasil irá produzir 24 miniprogramas técnicos, de 2 minutos, com temáticas definidas pela Embrapa. O Projeto conta ainda com completa cobertura jornalística sobre soja, incluindo entrevistas ao vivo e reportagens especiais. Também estão previstas quatro edições do programa Técnica Rural, de 22 minutos, sobre temas que envolvem a cultura da soja. Em outubro, começa a Expedição Soja Brasil: são 140 dias percorrendo as principais regiões produtoras e as fronteiras agrícolas com a participação de jornalistas, pesquisadores e especialistas. Além disso, estão previstos fóruns de discussão em diferentes regiões que produzem soja. O Projeto Soja Brasil passa pelas principais regiões produtoras da cultura de soja do país, começando no MS e seguindo em mais dez Estados, incluindo: MT, GO, BA, SP, PR e RS.
O Projeto inclui ainda a carreta com a Caravana Soja Brasil que irá passar por regiões produtoras, com uma programação de palestras, exibição de conteúdo técnico e reuniões setoriais. Neste ano, além do aplicativo para smartphones, com notícias, vídeos, cotações, meteorologia e informações sobre pragas e doenças da soja, o projeto terá conteúdo disponibilizado na SmarTV.
O presidente do Canal Rural, Donário Lopes de Almeida, destacou, em entrevista,o papel fundamental da Embrapa neste projeto, como coordenadora técnica. "A Embrapa aporta todo o conhecimento de seus pesquisadores e os resultados de muitos anos de pesquisa. Ao longo do projeto, a instituição acompanha a evolução do ciclo da cultura da soja, desde a decisão de uso de sementes e fertilizantes, aplicações de defensivos, até a colheita. Neste sentido, a Embrapa oferece uma grande segurança e apoio as decisões dos produtores e, desta forma, essa parceira é muito importante para todos os envolvidos que só tem a ganhar com esse trabalho", finalizou.
O projeto tem a realização do Canal Rural e da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), coordenação técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e consultoria de Safras & Mercado. O patrocínio é de Basf e Mitsubishi Motors, com apoio de Intacta, MAN Latin America e Yara Brasil Fertilizantes.
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