Ciência para a vida - notas da edição nº 15
Ciência para a vida - notas da edição nº 15
Trigo além da demanda
O principal ingrediente do pãozinho francês pode ser produzido em abundância no Brasil. Somente no Centro-Oeste, novas fronteiras para o cultivo de trigo poderiam resultar em 24,9 milhões de toneladas do cereal, volume que representa o dobro do atual consumo interno. Isso faria o País passar de importador a exportador de trigo. Foi o que apontou estudo realizado por pesquisadores da Embrapa Trigo e Embrapa Gestão Territorial, que projetaram quatro diferentes cenários para a produção nacional do cereal, considerando regiões para onde a cultura poderia se expandir. O Brasil produz aproximadamente metade das 11 milhões de toneladas de trigo que consome e 70% do total é destinado à panificação, o que torna os resultados estratégicos para estabelecer alternativas ao abastecimento do cereal. O País importa entre cinco e seis milhões de toneladas de trigo a cada ano, provenientes principalmente da Argentina, favorecida pelos acordos bilaterais do Mercado Comum do Sul (Mercosul). A projeção de expansão da área de cultivo do trigo, incluindo todas as regiões homogêneas, partiu de cenários criados com base em associações de fatores como área de cultivo no verão (soja e milho), áreas aptas à cultura de inverno e otimização de áreas que historicamente já foram ocupadas pelo trigo. A estimativa baseou-se na média de rendimentos, volume de produção e área colhida no período 2010-2012 em cada região. • — por Joseani M. Antunes e Fábio Reynol (Agência Embrapa de Notícias)
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Aquicultura cresce 123%
Chegada de novas empresas, rápida profissionalização e intensificação tecnológica foram alguns dos fatores observados na aquicultura brasileira, que apresentou crescimento de 123% entre 2005 e 2015, passando de 257 mil para 574 mil toneladas de pescado nesse período. Foi o que mostrou estudo realizado pelos pesquisadores Manoel Pedroza, Andrea Muñoz, Roberto Flores e Eric Routledge, da Embrapa Pesca e Aquicultura, e apresentado em 2016 na conferência International Institute of Fisheries Economics and Trade (IIFET), em Aberdeen, Escócia. O trabalho chama a atenção porque o setor, dedicado à produção de seres aquáticos como peixes e crustáceos, costumava ser caracterizado no Brasil por empreendimentos de pequeno porte, sistemas extensivos de produção e baixo nível tecnológico, com exceção da produção de camarões no Nordeste, a carcinicultura.• — por Fábio Reynol (Agência Embrapa de Notícias).
Navegue: Aquicultura brasileira cresce 123% em dez anos
Energia para o coração
Uma das possíveis consequências de um infarto do miocárdio é a resistência transitória à insulina, o que leva ao aumento nas concentrações de açúcar (glicose) na corrente sanguínea. O quadro normalmente é associado ao risco de desenvolver diabetes e a uma maior mortalidade. Novo estudo indica que pode haver uma solução para o que parecia ser um problema. O grupo do médico Andrei Sposito, cardiologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), revelou que a resistência à insulina seria essencial na recuperação do órgão. Foram coletadas amostras de sangue de cerca de 500 pessoas, no Hospital de Base de Brasília, em dois momentos: nas primeiras 24 horas após o infarto e cinco dias depois. Nos pacientes cuja resistência à insulina aumentou inicialmente e depois diminuiu após cinco dias, a recuperação foi mais rápida.• — por Everton Lopes Batista (Revista Pesquisa Fapesp)
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Levedura contra células de leucemia
Uma enzima identificada em leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae – também conhecida como levedura do pão – apresentou em testes in vitro potencial para matar seletivamente células de leucemia linfoide aguda (LLA).
Caracterizada por alterações malignas nas células-tronco que dão origem aos componentes do sangue, existentes na medula óssea, a LLA é o tipo de câncer mais comum durante a infância.
Resultados da pesquisa, realizada com apoio da Fapesp, foram descritos por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, campus do Litoral Paulista (IB-CLP-Unesp), em artigo publicado na revista Scientific Reports. • — por Karina Toledo (Agência Fapesp )
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Fertilizante inteligente
Do tamanho de um grão de arroz, um fertilizante de liberação controlada desenvolvido por meio da nanotecnologia é a mais nova aposta da pesquisa para amenizar problemas da aplicação de nutrientes na lavoura, a perda por volatilização e lixiviação. O primeiro é a transformação do fertilizante em gás, e o segundo é o carreamento do produto pela água, ambos responsáveis por perdas da ordem de 50% de todo o fertilizante que o agricultor brasileiro aplica na lavoura.
Testado em laboratório e em campo, o fertilizante inteligente volatiliza menos, comparado à ureia convencional. O novo produto contribui para a redução de gases do efeito estufa em 2/3 em comparação à aplicação convencional do fertilizante, e ainda pode ser usado como suplemento animal para aumento da digestibilidade de forragens. O novo fertilizante desenvolvido pela Embrapa Instrumentação, em parceria com a Embrapa Pecuária Sudeste, está pronto para ser transferido à iniciativa privada para ajuste das etapas de produção em escala e comercialização. • — por Joana Silva e Gisele Rosso (Agência Embrapa de Notícias)
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Secretaria de Comunicação - Secom
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/