16/03/17 |   Zoneamentos

Mato Grosso do Sul inicia a terceira e última etapa do seu zoneamento

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Embrapa

Embrapa - O pesquisador da Embrapa Solos Nilson Rendeiro participa do trabalho de campo

O pesquisador da Embrapa Solos Nilson Rendeiro participa do trabalho de campo

Nos dias 16 e 17 de fevereiro, o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), Silvio Bhering, esteve em Campo Grande (MS), onde se reuniu com representantes do governo daquele estado a fim de ajustar os detalhes do Convênio de Cooperação Técnica para elaboração da terceira e última etapa do zoneamento agroecológico (ZAE) do Mato Grosso do Sul.

Esta fase do trabalho tem prazo de execução de 42 meses, cobrindo uma área de 146.419 km2, abrangendo os 46 municípios que não foram contemplados nas duas etapas anteriores. Serão coletadas informações sobre a região da Bacia do Rio Paraná. Nas duas etapas anteriores foram mapeados 32 municípios da Bacia do Rio Paraguai, tendo sido produzidos mais de 600 mapas e 3 mil páginas de estudos técnicos.

O zoneamento contribui para o ordenamento territorial das atividades agropecuárias, florestais e de conservação e recuperação dos sistemas naturais, visando a melhoria do planejamento estratégico governamental, da qualidade de vida do homem e da sustentabilidade do sistema produtivo do estado.

Para demonstrar a importância do ZAE-MS para a agropecuária do estado, O secretário estadual de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas usa um exemplo hipotético. “Se um produtor quiser fazer o plantio de seringueira em Iguatemi [sul do estado], os dados do zoneamento vão dar uma base para que ele conheça as exigências do solo, de clima e de água. Desse modo, saberá antecipadamente se o município tem ou não aptidão para esse cultivo”, comenta.

O estado do Mato Grosso do Sul apresenta condições agroecológicas com grandes variações ambientais relativas às potencialidades de exploração agrossilvipastoril e de degradação ambiental. O conhecimento destas variações é fundamental quando se pretende implantar estratégias de desenvolvimento rural em bases sustentáveis.

O ZAE, baseado na caracterização e quantificação de ofertas e restrições físicas e bióticas com dados primários de solos, possibilitará orientar a ocupação, o uso e o manejo ambiental de forma integrada, considerando o conjunto e a interação dos recursos naturais que coexistem nas diferentes paisagens. Este planejamento de uso e ocupação das terras irá incorporar conceitos de Agricultura de Baixo Carbono, Integração Lavoura/Pecuária/Florestas e Serviços Ambientais, além do emprego de técnicas de mapeamento digital e uso intensivo de geotecnologias.

Adicionalmente, gerará um amplo acervo de dados e informações ambientais, em particular de solos, com o mapeamento na escala 1:100.000, a ser disponibilizado à sociedade. “Merecem destaque neste projeto o seu pioneirismo na adoção plena de tecnologias de mapeamento digital de solos e a sua inserção no âmbito do Programa Nacional de Solos do Brasil - PronaSolos, uma política de mapeamento estratégico de solos para planejamento de uso e conservação dos solos do Brasil e a Interpretação do Potencial das Terras do Estado para Agricultura Irrigada, pela adoção do Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação, além do forte viés de capacitação de recursos humanos”, revela o Silvio Bhering

Além da Embrapa Solos, são parceiros no ZAE a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS), a Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS), a Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (SEPAF), com o apoio da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER), do Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (FUNDEMS) e da Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE).

 

Carlos Dias (20.395 MTb. RJ)
Embrapa Solos

Telefone: (21) 2179-4578

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

mato-grosso-do-sul