17/03/17 |   Segurança alimentar, nutrição e saúde

Cresce reconhecimento da importância da biofortificação

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O reconhecimento da importância da biofortificação vem crescendo como indicam diversos eventos internacionais no âmbito do Codex Alimentarius. Um gatilho para o aumento da visibilidade do assunto foi a solicitação do Comitê de Rotulagem do Codex para que o Comitê para Nutrição e Alimentos para Fins Especiais elaborasse uma definição para o conceito de biofortificação. Um grupo de trabalho eletrônico, liderado por Zimbábue e África do Sul, debateu o assunto e o Comitê, em reunião em dezembro de 2016, na Alemanha, país que preside o Comitê, decidiu manter o termo “biofortificação”, utilizado há 15 anos nos projetos internacionais sobre o assunto. Uma dificuldade que se apresentou no debate foi que em alguns países o termo “bio” designa produção ou produtos orgânicos e, em outros, é associado a transgênicos. A busca de outras denominações, por exemplo “agro enriquecimento”, não prosperou. Para chegar a esta decisão, o comitê revisou e “poliu” os critérios orientadores, entre os quais, amplitude, cobertura de macro e micronutrientes, enfoque no aspecto saúde. Estes critérios revisados serão passados neste mês de março para os países elaborarem suas posições e as enviarem até setembro para reunião do Comitê de Nutrição que se realizará em dezembro quando se espera que o assunto progrida para a decisão final.

Para Marília Nutti, líder da Rede BioFORT do Brasil, é marcante a celeridade com que se chegou a uma conclusão em apenas quatro anos. “Está rápido! Pelo ritmo do Codex, que só aprova as coisas por consenso, normalmente são 10 anos para criar uma norma”. Segundo ela, “Tudo indica que no segundo semestre haverá reunião do Comitê de Rotulagem, no Paraguai, quando será informado o progresso do Comitê de Nutrição”.

Também digno de nota foi a grande participação de países da América Latina e Caribe na discussão. “Das 14 posições apresentadas sobre biofortificação, oito foram de países da região, o que expressa a importância que o assunto tem e um reconhecimento dos projetos de biofortificação”, analisa. Relevante também, aponta, é a posição do Brasil ter sido apresentada pelo Ministério da Saúde, representante do país no Comitê de Nutrição.

 

João Eugênio Diaz Rocha (MTb 19276 RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

Telefone: 21 3622-9737

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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