A pesquisadora Johanna Döbereiner, que, na década de 1950, deu origem ao espaço que hoje é a Embrapa Agrobiologia, será uma das homenageadas do VI Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável, no próximo dia 14, em São Paulo. O prêmio será entregue a Jürgen Döbereiner, viúvo de Johanna, que será reconhecida por sua contribuição para a agricultura brasileira. O fórum é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em parceria com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Embrapa, e foi instituído como forma de celebrar a Semana Mundial de Alimentação, entre 11 e 17 de outubro. Neste ano, o tema será Desafio 2050, refletindo a questão global colocada pela FAO em 2009 de que será preciso alimentar um planeta com 9 bilhões de pessoas nesse ano. Um dos palestrantes será o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que falará sobre o futuro dos alimentos e da produção. Outros nomes que vão compor a programação do evento são Alan Bojanic, representante da FAO para o Brasil; Walter Belik, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Unicamp; Rosa Allegria, do Projeto Millennium da ONU; e Marcos Azambuja, ex-secretário-geral do Itamaraty. Sobre Johanna Döbereiner - Nascida na Tchecoslováquia, a pesquisadora Johanna Döbereiner (1924-2000) veio para o Brasil em 1951, após se formar em Agronomia pela Universidade de Munique, na Alemanha. Tornou-se cidadã brasileira em 1956 e completou sua pós-graduação na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, em 1963. De 1963 a 1969, quando poucos cientistas acreditavam que a FBN poderia competir com fertilizantes minerais, ela deu início a pesquisas sobre os aspectos limitantes da FBN em plantas tropicais. Desde então, a maioria das pesquisas nessa área é influenciada por suas descobertas. Em 1997, Johanna Döbereiner foi indicada para o Prêmio Nobel de Química, além de ter recebido diversos outros prêmios e distinções, tanto em nível nacional como internacional.