Publicação apresenta ferramentas de avaliação de impactos ambientais e indicadores de sustentabilidade
Publicação apresenta ferramentas de avaliação de impactos ambientais e indicadores de sustentabilidade
A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) desenvolveu métodos para auxiliar a avaliação de impactos em várias dimensões da sustentabilidade relacionadas ao trabalho no ambiente rural. Dois deles, o Ambitec-Agro e o APOIA-NovoRural compreendem procedimentos para a previsão, a análise e a mitigação dos efeitos ambientais de projetos, planos e políticas de desenvolvimento que impliquem em alteração da qualidade ambiental. Acesse a publicação.
O método Ambitec-Agro apresenta estrutura multi critério, pela qual observações de campo são pontuadas em 27 critérios e 148 indicadores de desempenho socioambiental. O método APOIA-NovoRural consta de 62 indicadores organizados em abordagem multi atributo, agrupados em cinco dimensões de sustentabilidade: Ecologia da paisagem, Qualidade Ambiental, Valores Econômicos, Valores socioculturais e Gestão e Administração. Os indicadores são verificados com instrumental analítico e dados técnicos dos estabelecimentos rurais, para compor relatórios de gestão ambiental.
A agricultura brasileira atravessa um período de franca expansão da capacidade produtiva e conquista de mercados. Nesse processo, destaca Marcelo Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, a intensificação sustentável tem sido eixo orientador, independente do setor produtivo, da filiação tecnológica, ou da condição socioeconômica dos produtores. Para orientar esse processo, esses métodos têm sido propostos pela Embrapa, integrando indicadores de sustentabilidade para a adoção de inovações tecnológicas (Ambitec-Agro) e para a gestão ambiental de atividades rurais (APOIA-NovoRural).
Por outro lado, continua Morandi, a Embrapa poderá contar com um volume ainda maior de informações coletadas junto aos produtores que utilizem estes métodos de avaliação de impacto, favorecendo o levantamento de gargalos e demandas de tecnologias que podem contribuir para o melhor desempenho dos estabelecimentos rurais, e consequentemente da agropecuária brasileira.
Ainda de acordo com Morandi, “ambas abordagens metodológicas têm sido amplamente empregadas em contextos de intensificação agropecuária, com resultados que representam exemplos de práticas e formas de manejo dirigidas à gestão ambiental para a sustentabilidade. O documento apresenta brevemente essas ferramentas de gestão ambiental agropecuária, como apoio aos produtores rurais para a tomada de decisões de adoção tecnológica e práticas de manejo; como fontes de informações a gestores de políticas de fomento agrícola e desenvolvimento rural; e aos consumidores, como referência para o exercício de seu poder de conformação de mercados éticos e solidários”.
A principal hipótese que baliza o desenvolvimento dessas ferramentas e sua transferência ao setor produtivo é que a implementação de mecanismos apropriados de gestão interfere transversal e positivamente no conjunto de indicadores de desempenho ambiental, em todas as dimensões de sustentabilidade. Assim, conforme os estabelecimentos rurais e as empresas do setor agropecuário aprimorem suas práticas de gestão ambiental, o conjunto da agricultura brasileira ampliará suas contribuições para a segurança alimentar, conciliando integridade ecológica, viabilidade econômica e equidade social na realização das atividades produtivas rurais.
Os autores do trabalho são o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Geraldo Stachetti Rodrigues, Sergio Corrêa Pimenta e Camila Rodrigues Alves Casarini da Brasil Gap Comércio, Representações e Assessoria Agropecuária Ltda.
Sustentabilidade no celular
A Embrapa e a BrasilGAP estabeleceram uma parceria para facilitar o acesso das pessoas a informações sobre a sustentabilidade de empreendimentos e produtos agropecuários via diferentes mídias, especialmente celulares. A apresentação dos resultados de avaliações em fazendas fica em um banco de dados que pode ser consultado de forma imediata usando código QR (Quick Response Code) aplicado na embalagem do produto ou na gôndola no ponto de venda, explica Stachetti.
Este tipo de código direciona rapidamente a solicitação do consumidor que pode decidir sobre a compra ou não, baseado nos resultados da avaliação de impacto. Assim sinaliza para toda a cadeia produtiva que ele apoia e concorda com aquela forma como está sendo conduzido o manejo e com as tecnologias aplicadas.
A responsabilidade pela busca por um desenvolvimento mais sustentável fica, então, compartilhada entre os produtores e os consumidores.
Cristina Tordin (MTB 28499)
Embrapa Meio Ambiente
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Telefone: 19 3311.2608
Mais informações sobre o tema
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