Troca de experiências no combate à giberela
Troca de experiências no combate à giberela
As epidemias de giberela nas lavouras de cereais de inverno são recorrentes em anos chuvosos, afetando todos os países produtores de trigo na América do Sul. Com o objetivo de promover o intercâmbio de experiências no combate à doença, o grupo argentino Criadero Klein esteve visitando a Embrapa Trigo no dia 06/10.
O grupo Criadero Klein foi a primeira empresa de melhoramento de trigo na América Latina, atuando desde 1919. Atualmente, detém 30% do mercado de sementes na Argentina, com parceiros na Bolívia, China, Uruguai, Estados Unidos e Brasil. Tradicionalmente, as cultivares Klein são definidas como boa qualidade de uso final e elevado rendimento de grãos associados a bons níveis de tolerância a doenças, graças à sua genética e adaptação.
As cultivares do grupo Klein possuem boa resistência à ferrugem da folha, mas a dificuldade para controle da giberela determinou a visita à Embrapa Trigo, para conhecer trabalhos específicos para amenizar os prejuízos com a doença. A giberela é causada por um fungo que, além de resultar em danos diretos na formação dos grãos, ainda pode deixar contaminantes conhecidos como micotoxinas, substâncias tóxicas aos homens e animais.
O Sistema de Previsão de Risco de Epidemias de Doenças de Plantas – Sisalert, é uma plataforma que coleta dados meteorológicos, processa as informações para simulação de riscos de epidemias e distribui o alerta aos usuários. No monitoramento do risco de epidemias de giberela e brusone no trigo, o Sisalert é utilizado há sete anos, disponibilizando ao usuário o momento de maior risco para entrada da doença. O único dado que o usuário precisa informar ao sistema é a data do espigamento, ou seja, o dia em que surgiram as primeiras espigas na lavoura. Rapidamente o Sisalert informa a condição de risco em baixo, moderado ou alto. "Como não existe aplicação curativa, precisar o momento de aplicação preventiva é determinante para a produtividade dos cereais de inverno", lembra o pesquisador José Maurício Fernandes.
Outra tecnologia apresentada aos argentinos é o Sistema de Rastreabilidade Digital para Trigo (e-rastrear), utilizado para identificar a origem de produtos e disponibilizar as informações sobre a qualidade e o manejo adotado, gerando um diferencial na comercialização de trigo rastreado. Segundo a pesquisadora Casiane Tibola, a inovação deste sistema é a facilidade de registrar e transmitir informações sobre a procedência e a qualidade dos produtos, em tempo real e de forma segura, ao longo das etapas da cadeia produtiva.
Joseani M. Antunes (9693 MTb/RS)
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