05/04/17 |   Transferência de Tecnologia

Embrapa tem estande e vitrine tecnológica na Expogrande 2017

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Foto: Kadijah Suleiman

Kadijah Suleiman - Vitrine tecnológica de forrageiras da Embrapa na Expogrande

Vitrine tecnológica de forrageiras da Embrapa na Expogrande

A Embrapa Gado de Corte está presente na Expogrande, que acontece até o dia 9 de abril no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS). Além do estande, localizado no pavilhão do governo do Estado (com atendimento ao público das 14 às 21 horas), a Embrapa montou uma vitrine tecnológica com seis tipos de cultivares de forrageiras: BRS Ipyporã e BRS Quênia (lançadas em 2017), BRS Piatã, Mombaça, BRS Zuri e BRS Tamani.

Ainda na programação da Expogrande, na terça-feira, 4, o pesquisador Ademir Zimmer participou do ciclo de palestras sobre pastagens degradadas em MS - promovido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) em parceria com o Canal do Boi - no qual falou sobre o tema lucratividade com manejo correto de pastagens. “O objetivo foi mostrar a importância do manejo de pastagens, tanto no sentido de produção e preservação da parte ambiental, como do aspecto financeiro, porque a margem de lucro é maior quando se faz um bom manejo da pastagem”, disse.

Conheça as cultivares

- BRS Ipyporã: resultado de cruzamento entre Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha, realizado em 1992, na Embrapa Gado de Corte. Em 2017, está sendo liberada para comercialização pela Embrapa, em parceria com a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto). Entra no mercado para suprir a demanda por uma cultivar de Brachiaria de boa produtividade e manejo relativamente fácil, porém com alto grau de resistência à cigarrinha da cana do gênero Mahanarva, principal praga de pastagens de braquiária no Brasil, além de apresentar resistência às cigarrinhas típicas de pastagem dos gêneros Deois e Notozulia. Foi selecionada com base em produtividade, vigor, adaptação a solos do Cerrado, resistência por antibiose à cigarrinha-das-pastagens e à Mahanarva, produção de sementes, alto teor de folhas e excelente valor nutritivo.

- BRS Quênia: chega ao mercado para suprir a demanda por cultivar de P. maximum de porte intermediário, de alta produtividade e qualidade de forragem, com folhas macias e colmos tenros, alto perfilhamento, de fácil manejo, qualidade e alta resistência por antibiose às cigarrinhas-das-pastagens. Nos ensaios regionais, apresentou bom desempenho agronômico e produtividade, com alta adaptação em todos os locais avaliados. Na avaliação sob pastejo no Acre e em Mato Grosso do Sul, a cultivar apresentou bom estabelecimento, assim como elevada persistência nos períodos seco e chuvoso. Apresenta arquitetura de planta que resulta em altos níveis de ganho de peso por animal e proporciona facilidade de manejo, por manter baixo alongamento dos colmos, característica que a diferencia entre todas as cultivares comerciais de porte médio a alto.

BRS Piatã: lançada pela Embrapa e por parceiros em 2006, é uma Brachiaria brizantha adaptada a solos de média e boa fertilidade das zonas tropicais brasileiras onde, tradicionalmente, outras cultivares de Brachiaria brizantha, como os capins marandu e xaraés, são largamente usadas. A BRS Piatã é uma boa alternativa para a Integração Lavoura-Pecuária por apresentar fácil dessecação e crescimento inicial mais lento que os capins xaraés e marandu, além das características favoráveis de manejo, arquitetura de planta e acúmulo de forragem no período seco. Consorcia-se muito bem com estilosantes Campo Grande e também com milho e sorgo.

Mombaça: alternativa para áreas de solo com maior fertilidade, sendo indicada na diversificação das pastagens em sistemas intensivos de produção animal. Sua adoção tem se dado especialmente em áreas de produção de leite e, mais recentemente, em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária. Tem persistência média de seis anos, com produção animal de 15 @/ha/ano. Comparado ao capim-colonião, o mombaça produz 130% a mais de matéria seca foliar.

BRS Zuri: gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado. Recomenda-se que o pasto seja manejado com altura de entrada de 70-75 cm e altura de saída de 30-35 cm. Esse manejo promoveu bom controle do desenvolvimento de colmos e florescimento na Amazônia, assegurando a manutenção da estrutura do pasto e bons níveis de produção animal. Apresenta tolerância moderada ao encharcamento do solo, semelhante ao Tanzânia-1, porém se desenvolve melhor em solos bem drenados, sendo uma opção para diversificação de pastagens nos biomas Amazônia e Cerrado. As principais características são a elevada produção, o alto valor nutritivo, a resistência às cigarrinha-das-pastagens e o alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis.

BRS Tamani: primeiro híbrido de Panicum maximum da Embrapa, resultado de um cruzamento realizado na Embrapa Gado de Corte em 1992. Apresenta como características porte baixo, com alta produção de folhas de alto valor nutritivo (elevados teores de proteína bruta e digestibilidade), produtividade e vigor, sendo de fácil manejo e resistente às cigarrinhas das pastagens. Sua alta qualidade e adaptação faz com que seja indicada para engorda de gado bovino, principalmente no bioma Cerrado, sendo uma opção para diversificação de pastagens em solos bem drenados. 

Kadijah Suleiman (MTb RJ 22729JP)
Embrapa Gado de Corte

Telefone: 67 3368 2203

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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