Comunicação radiofônica é tema de reunião com radialista da EBC
Comunicação radiofônica é tema de reunião com radialista da EBC
Photo: Vitor Hugo Calixto
Mara Régia e profissionais da Embrapa Acre discutem uso do rádio na comunicação institucional
Profissionais das áreas de comunicação e Transferência de Tecnologias da Embrapa Acre participaram de encontro com a jornalista e publicitária Mara Régia Di Perna, radialista da Rádio Nacional da Amazônia, emissora da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), sediada em Brasília (DF). A atividade, realizada na segunda-feira (3), discutiu estratégias de divulgação, desafios e oportunidades da comunicação pelo rádio, além de dicas de produção de conteúdos.
A radialista veio ao Acre a convite do WWF-Brasil e do Conselho Nacional das Populações Extrativista (antigo Conselho Nacional do Seringueiro) para acompanhar o II Fórum de Pesca do município de Feijó e realizar uma série de entrevistas com pescadores, extrativistas, pesquisadores e outros atores ligados a diferentes cadeias produtivas do Estado. Na Embrapa, além da troca de informações com as equipes de comunicação e de TT, entrevistou pesquisadores que atuam nos núcleos de produção florestal e solos e agricultura.
“Pude conhecer experiências muito significativas tanto em termos de pesquisa como de vivência cotidiana de populações rurais, mas também percebi limitações enfrentadas por essa gente rural, especialmente as dificuldades de acesso, devido às condições precárias das estradas. Vir ao Acre me proporcionou um aprendizado único e um dos pontos altos foi estar aqui na Embrapa, um presente inesperado que veio em forma de convite do chefe-geral, Eufran Amaral. Fiquei encantada com este espaço tão verde e mágico, cercado por seringueiras, que faz a gente se arvorar a ser árvore também”, destaca.
Jornalista e publicitária, Mara Régia atua no rádio há mais de três décadas e, entre outros projetos, coordena e apresenta os programas “Natureza Viva”, que vai ao ar nas manhãs de domingo e tem como foco principal o debate em torno de questões ambientais na Amazônia, e “Viva Maria”, transmitido de segunda a sexta-feira como espaço de expressão dos direitos civis, políticos e sociais das mulheres. Distribuídos pela Radioagência Nacional, órgão da EBC, estes programas são veiculados por mais mil emissoras do Brasil e de outros países.
Oportunidades
O rádio é um veículo de grande alcance e proporciona imediatismo e rapidez à informação. Essas particularidades fazem deste veículo uma ferramenta de grande importância para a comunicação da população rural, especialmente para quem vive em comunidades mais distantes da Amazônia. “Para essas famílias esse meio de comunicação é “bússola e calendário”, por situar as pessoas no tempo e no espaço, orientando sobre os mais diversos sentidos da vida, de forma”, afirma Mara régia.
Em relação ao uso do rádio na comunicação institucional, a jornalista considera o veículo como ferramenta essencial para empresas que geram conhecimento e informação, como a Embrapa, no processo de divulgação dos resultados. As demandas e necessidades da sociedade representam oportunidades para a geração e divulgação de conteúdos, utilizando uma linguagem adequada para cada público, especialmente o produtor rural. “Sempre aplaudo de pé a produção radiofônica da Embrapa, materializada no programa Prosa Rural porque percebo esse viés comunicacional. É admirável o nível dos pesquisadores e a compreensão que eles têm sobre questões de interesse comum como a natureza e meio ambiente, assim como os relatos dos agricultores, entretanto, sinto que o público rural poderia participar mais dessa comunicação”, diz.
Desafios
Entre os desafios da comunicação radiofônica empresarial, discutidos pelos participantes, destacam-se o de passar a mensagem sem institucionalizar a informação, ou seja, focar no protagonismo de quem faz o acontecimento, e ser referência na divulgação de experiências inovadoras e casos de sucesso. Segundo Mara Régia, muitas vezes há certa prevalência na figura do apresentador, em detrimento da fonte de informação. Além disso, é importante estar em sintonia com demandas do público alvo.
No caso das comunidades rurais, a radialista acredita que informações e conhecimentos básicos sobre a produção e como melhorar a saúde podem fazer toda a diferença. A missão do comunicador é levar conteúdos úteis e contribuir para que as populações se apropriem dos conteúdos veiculados. “O rádio tem um apelo imenso porque lida com o sentido mais profundo, a audição, e isto faz com que a comunicação se efetive na expressão da alma e do coração”.
Para a jornalista Priscila Viudes, analista do Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Acre, a transmissão de conhecimentos e tecnologias pelas ondas radiofônicas pode ajudar a mudar a realidade de quem vive no campo. Nos estados amazônicos, onde as comunidades rurais se caracterizam por grandes distâncias em relação ao centro urbano, esse meio de comunicação adquire papel ainda mais relevante. "É extremamente gratificante quando encontramos agricultores que aplicaram na prática conhecimentos adquiridos por meio do rádio. Isso reafirma a capacidade de transformação desse veículo”, ressalta.
Um dos aspectos mais interessantes na comunicação radiofônica, na opinião da analista da área de Transferência de Tecnologias da Unidade, Dorila Gonzaga, é a simplicidade do processo. Além de não exigir grandes estruturas para transmitir a informação, o rádio possibilita a participação do público em tempo real. “Essa interatividade aproxima as pessoas e possibilita dar voz a quem mora no campo”, diz.
Diva Gonçalves (Mtb-0148/AC)
Embrapa Acre
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