A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), o Instituto de Zootecnia (IZ/APTA) e a Rede de Fomento ILPF, estarão no Caminho do Boi, na 24ª Agrishow , de 1º a 5 de maio de 2017, para divulgar o sistema integração lavoura-pecuária-floresta como uma solução tecnológica sustentável. O Caminho do Boi é um projeto que convida os visitantes a se colocarem no lugar do animal de corte, percorrendo do pasto ao prato, por meio de estações interativas. O trajeto percorre etapas do processo, como genética, nutrição, infraestrutura e manejo, sanidade, reprodução, sustentabilidade, sistemas de produção, bem-estar, gestão, transporte, indústria e mercado da carne, além de demonstrar a importância da integração dos elos dessa cadeia. Também destaca os impactos das boas práticas na produção, frigorífico, ponto de venda e para o consumidor e de que forma tudo isso impacta na rentabilidade do negócio. Com essa nova perspectiva, o pecuarista pode ampliar a sua percepção em relação ao que é necessário para melhorar a qualidade da carne que ele produz e o consumidor consegue captar os cuidados e a excelência do setor produtivo para que chegue até a sua mesa um produto saboroso, seguro e saudável. Conforme Priscila Oliveira, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, também serão apresentados pela Unidade, no estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dois métodos de avaliação de impactos, o Ambitec-Agro e o APOIA-NovoRural. O Ambitec-Agro é um sistema de avaliação de impactos ambientais de inovações tecnológicas agropecuárias. Consiste de um conjunto de matrizes multicritério que integram indicadores do desempenho de inovações tecnológicas e práticas de manejo adotadas na realização de atividades rurais. Sete aspectos essenciais de avaliação são considerados: uso de insumos e recursos; qualidade ambiental; respeito ao consumidor; emprego; renda, saúde e gestão e administração. O objetivo do sistema é prover uma abordagem simples e prática, expedita e de baixo custo, aplicável à avaliação multicritério de impactos socioambientais. Os resultados da avaliação permitem ao usuário averiguar quais impactos da tecnologia podem estar desconformes com seus objetivos de bem estar social. Ao tomador de decisões, possibilitam a indicação de medidas de fomento ou controle da adoção da tecnologia, segundo planos de desenvolvimento local sustentável e, finalmente, proporcionam uma unidade de medida objetiva de impacto, auxiliando na qualificação, seleção e transferência de tecnologias agropecuárias. Já o Apoia-NovoRural é um sistema de indicadores voltados à avaliação de impactos para gestão ambiental de atividades rurais. Consiste de um conjunto de sessenta e dois indicadores de desempenho da atividade produtiva, organizados em cinco dimensões de sustentabilidade analisadas na escala de estabelecimentos rurais: ecologia da paisagem, qualidade ambiental (atmosfera, água e solo), valores socioculturais, valores econômicos e gestão e administração. A aplicação da metodologia consiste em: identificar os limites espaço/temporais da atividade a ser avaliada, no âmbito do estabelecimento rural, vistoria em campo, coleta de dados e amostras de solo e água para análise laboratorial, levantamento de informações gerenciais junto ao produtor/administrador; inserir os dados nas matrizes de ponderação do sistema, obtendo os índices de impacto referentes aos indicadores, que são convertidos automaticamente para valores de utilidade (escala de 0 a 1), agregar os índices de impacto por análise multiatributo, nas cinco dimensões componentes, além de analisar os resultados gráficos, identificando os indicadores que mais restringem a sustentabilidade, averiguando possíveis desconformidades com a linha de base. Indica também medidas corretivas, recomendações de adequação tecnológica e de manejo para abatimento dos impactos ambientais negativos. Rede de Fomento ILPF A Rede de Fomento ILPF, parceria público-privada formada pela Embrapa, pela Cocamar e pelas empresas John Deere, Dow AgroSciences, Parker e Syngenta, busca acelerar a adoção dos sistemas de ILPF por produtores rurais como parte de um esforço visando à intensificação sustentável da agricultura brasileira. Iniciada em 2012, a parceria conta com 97 Unidades de Referência Tecnológica distribuídas em todos os biomas e desenvolve 49 projetos em rede, envolvendo 360 profissionais.