28/10/14 |   Transferência de Tecnologia

Treinamentos alavancam cultura da pimenta-do-reino no Pará

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Foto: Anotnio Menezes

Anotnio Menezes - Cultivo de pimenta com tutor vivo

Cultivo de pimenta com tutor vivo

Dez boas práticas agrícolas para aumento da produtividade e qualidade da pimenta-do-reino no Pará vão ser tema de uma série de treinamentos para técnicos extensionistas rurais e produtores que se inicia na quarta-feira (29/10) em Bragança e prossegue durante novembro em outros três municípios.

A programação teórico e prática tem como reforço pedagógico a cartilha de boas práticas lançada este ano pela Embrapa Amazônia Oriental - unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com sede em Belém (PA). As atividades de transferência de tecnologia são promovidas pela Embrapa em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará - Emater.  

A cartilha e os folderes das dez tecnologias que vão ajudar os trabalhos do técnicos e produtores no campo serão distribuídos a cada participante e já estão disponíveis também pela internet: (http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/108261/1/Cartilha-Pimenta.pdf).

O primeiro evento de capacitação é o curso para 40 técnicos, de 29 a 31 de outubro, na sede da  Unidade Didática Agroecológica do Nordeste Paraense - UDB, da Emater, localizada em Bragança. No mesmo local ocorreu, em novembro de 2012, o lançamento do projeto da Embraqpa em parceria com a Emater que visa incentivar a retomada da produção da especiaria em grande escala no Pará com base na adoção de tecnologias já existentes e recomendadas pela pesquisa, entre elas a produção de mudas livres da fusariose e o cultivo das pimenteiras com gliricídia como tutor vivo.  

A agenda de treinamentos prossegue no mês de novembro em outros três municípios: Igarapé-Açu (4 a 7/11), Capitão Poço (12 a 14/11) e Baião (26 a 28/11), sempre para 40 técnicos e 200 produtores em cada município.

Cartilha                                                                         

Nove pesquisadores da Embrapa são autores da cartilha "Boas práticas agrícolas para aumento da produtividade e qualidade da pimenta-do-reino no Estado do Pará", sendo Oriel Lemos, Célia Tremacoldi e Marli Poltronieri os editores técnicos da publicação.

Em 52 páginas, os dez capítulos ilustrados discorrem sobre cultivares; produção de mudas; área de plantio, calagem e adubação; tutor vivo com gliricídia; doenças causadas por fungos; controle de fusariose com nim indiano; viroses;  insetos associados a cultivos de pimenta-do-reino; colheita e beneficiamento; pós-colheita e armazenamento.  

O Brasil é um dos principais produtores de pimenta-do-reino (Piper nigrum L.), oscilando entre o terceiro e o quarto lugar entre os outros três países produtores: Vietnam, Indonésia e India. O Pará, que já foi o maior produtor de pimenta-do-reino do mundo, representa 80% da área plantada de pimenta-do-reino no País, sendo o maior produtor nacional, antes do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, mas a média de produtividade é inferior a 2,5 quilos de pimenta preta por planta.

"Ocorre que já existem tecnologias disponíveis que permitem obter uma produção superior a 3,5 quilos de pimenta preta por planta e aumentam a longevidade de cultivo", argumenta Oriel Lemos, líder do projeto. Segundo ele, um ano a mais de vida útil da pimenteira-do-reino pode representar um ganho econômico de 20% aos produtores.

A pesquisadora Marli Poltronieri, quanto à qualidade, reforça que a adoção de boas práticas na colheita e pós-colheita, em etapas como processamento (debulha), secagem, armazenamento e comercialização, evitam a depreciação do produto por contaminações físicas, químicas e biológicas. "Isso torna a pimenta-do-reino mais competitiva e livre de barreiras comerciais perante o mercado internacional", ressalta a pesquisadora.

 

 

                                                                      
 

 

Izabel Drulla Brandão (MTb 1084/PR)
Embrapa Amazônia Oriental

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