Embrapa completa 44 anos homenageando parceiros
Embrapa completa 44 anos homenageando parceiros
Photo: Cláudio Melo
Maggi: "O Brasil não pode abrir mão do conhecimento, dos valores que a Embrapa tem, de graça"
Cerca de 250 pessoas, dentre autoridades, convidados, homenageados e empregados, participaram na manhã desta quinta-feira, 27 de abril, em Brasília-DF, da solenidade de comemoração do 44º aniversário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O evento, realizado no auditório da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, foi marcado pela homenagem ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi; ao governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; ao analista da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) Luciano Cordoval, criador do projeto Barraginhas; e à equipe de parceiros do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que completou duas décadas de dedicação a essa solução tecnológica.
Maggi salientou que a homenagem era uma das mais importantes que recebera na sua passagem pelo Ministério da Agricultura, por vir da Embrapa, que ele considera a grande parceira da agricultura e da pecuária no Brasil. "Ela é o melhor cartão de visitas que esse país tem para se apresentar ao mundo. As pessoas olham para a história da nossa agropecuária e vocês são os atores protagonistas desse feito, de sair do zero e chegar aonde chegamos”.
Rollemberg também não poupou elogios. "Todas as vezes que venho à Embrapa sinto uma energia poderosa, uma força grande. A Embrapa é uma das maiores demonstrações da capacidade de realização do povo brasileiro, instituição de orgulho para nós que amamos esse País. É um exemplo de que quando se une pessoas com compromisso, espírito público, inspiradas e com vontade política muita coisa pode acontecer para o bem do Brasil".
O governador iniciou as comemorações do aniversário fazendo uma visita ao Banco Genético da Embrapa, localizado dentro das instalações da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. "Se o Brasil conseguiu consolidar um arcabouço legal, moderno, competitivo, para o desenvolvimento da sua genética vegetal, foi porque fez um sólido investimento de base, muito bem representado aqui pelo acervo deste banco", explicou Maurício Lopes, presidente da Embrapa.
A solenidade começou em seguida, às 10h30, com a apresentação da edição de 20 anos do Balanço Social e o anúncio de criação Acervo Eliseu Alves, localizado na biblioteca da Sede. O pesquisador, ex-presidente e um dos fundadores da Empresa, doou à Embrapa mais de 500 obras, impressas e editadas em diferentes línguas.
As parcerias foram ressaltadas no momento de reconhecimento aos 20 anos do Zarc. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Universidade de Campinas (Unicamp) e o próprio Ministério da Agricultura foram homenageados. Na cerimônia, foram lançados também os livros “Soja e Abelhas”, “Agricultura e Indústria no Brasil: Inovação e Competitividade”, do Ipea, e “Transferência de tecnologia ou compartilhamento de conhecimentos? Desvendando o papel da Embrapa no desenvolvimento rural”.
Ao fechar o seu discurso e a solenidade, Maggi reconheceu o prestígio da Empresa, mas também lançou novos desafios. "Sou testemunha e presencio o que pessoas do mundo inteiro falam da Embrapa. Somos reconhecidos lá fora pelo sucesso que plantamos aqui, construindo uma agropecuária inovadora e de sucesso. Isso é fazer um Brasil diferente, muito mais competitivo no mundo". Ele desabafou que muitos países estão atrás do bem mais precioso que fez diferença na revolução da agropecuária: o conhecimento. "Tudo isso custou vidas, bilhões de reais e muito trabalho. Estamos dispostos a colaborar, mas devemos negociar. O Brasil não pode abrir mão do conhecimento, dos valores que a Embrapa tem, de graça. Tudo o que fizemos na parte industrial, pagamos royalties, porque o conhecimento não é nosso. Na agricultura é diferente, esse conhecimento é nosso pertence à Nação brasileira".
O ministro ponderou, no entanto, que o modelo constituído 44 anos atrás pela Embrapa não é mais o vigente no mundo. "Novas estruturas de negócios, como a EmbrapaTec, novas associações precisam ser feitas. O poder público não tem o dinheiro suficiente para fazer enfrentamento com grandes multinacionais". E que isso vem fazendo com que a Empresa perca terreno em algumas frentes e que isso era muito preocupante.
"Vivemos um momento de crise muito grande, mas tenho certeza de que essa situação não é definitiva. As reformas que estão sendo propostas vão recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento. O mercado já começa a ver isso. Quero estimular a Embrapa a pensar fora da caixinha, fora desse momento de dificuldade". E finalizou, afirmando que a Empresa têm papel estratégico para ajudar a construir um Brasil melhor.
Veja na página da Embrapa no Flickr a cobertura fotográfica da solenidade.
Robinson Cipriano (MTb1727/88-DF)
Secretaria de Comunicação
robinson.silva@embrapa.br
Phone number: (61) 3448-4285
Further information on the topic
Citizen Attention Service (SAC)
www.embrapa.br/contact-us/sac/