Embora a seringueira seja uma espécie nativa da floresta tropical úmida, os plantios comerciais não conseguem prosperar, por causa do fungo Microcyclus ulei, causador do mal-das-folhas, principal doença que inviabiliza plantios comerciais de seringueira. Os cultivos brasileiros existem em regiões consideradas áreas de escape da ação do fungo Microcyclus ulei, nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Bahia, mas essas áreas também podem ser ameaçadas pelo fungo.

A pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental desenvolveu uma solução tecnológica que viabiliza cultivos da seringueira na região, com plantas mais produtivas em látex e a copa resistente à doença. Essa tecnologia é a seringueira tricomposta, que recebe esse nome porque três partes da árvore – a base, o tronco e a copa – vêm de outras plantas de seringueira e a combinação em uma única árvore é feita por meio de duas enxertias.

Com as tecnologias de cultivo na Amazônia, há vantagens de retomada e fortalecimento da economia do látex na região em novos padrões, com maior produção por área e possibilidade de implantar cultivos próximos com melhores condições de trabalho aos seringueiros e maior facilidade no escoamento da produção. Além disso, a seringueira é uma árvore nativa com grande potencial e eficiência para a fixação de carbono.

O Dia de Campo na TV Tecnologia viabiliza o cultivo de seringueira na Amazônia foi produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) e pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM), Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.