Embrapa Cocais discute a transformação da Unidade Experimental de Pesquisa – UEP em Balsas em Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia - UMIPTT
Embrapa Cocais discute a transformação da Unidade Experimental de Pesquisa – UEP em Balsas em Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia - UMIPTT
Nos últimos dias 4 e 5 de maio, foi realizada, na Embrapa Cocais, reunião de “Discussão, definições e encaminhamentos referentes à instituição do modelo de Unidades Mistas de Pesquisa e Transferência de Tecnologia – UMIPTT para a Unidade Experimental de Pesquisa de Balsas-MA”. A transformação da UEP-Balsas em UMIPTT é uma das propostas do plano de trabalho da atual chefe-geral da Unidade, encaminhada durante implantação do Conselho Assessor Externo – CAE da Unidade, em fevereiro. Na ocasião, decidiu-se que será realizado estudo e plano de ação com o apoio da Diretoria de Transferência de Tecnologia para essa iniciativa.
Discussão, definições e encaminhamentos - Durante a reunião, avaliou-se o modelo geral de instituição e operação das UMIPTT (requisitos, atribuições, governança etc) e fez-se reflexões sobre o contexto da região de Balsas (produtos, sistemas de produção, perfil dos produtores, necessidades da região etc) e do Matopiba. Foi definido, como eixo principal temático da UMIPTT a ser implementada em Balsas, o desenvolvimento regional por meio do agronegócio e da inclusão produtiva e a agregação de valor para a agricultura familiar. O grupo também propôs o escopo de atuação da UMIPTT priorizando ações e demandas no Matopiba, iniciando com a Embrapa, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA e Instituto Federal do Maranhão – IFMA como primeiros potenciais parceiros para institucionalização do modelo, ampliando posteriormente por meio de adesão de outras instituições.
Segundo a chefe-geral da Embrapa Cocais, Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, os projetos serão desenvolvidos para o desenvolvimento regional, transferência de tecnologia e pesquisa aplicada, com foco nas atividades priorizadas pelas instituições e entidades daquele território. “O objetivo é criar um ambiente colaborativo de pesquisa por meio do compartilhamento de instalações entre pesquisadores e técnicos da própria Embrapa e de outras instituições parceiras”.
O pesquisador Dirceu Klepker, da Embrapa Cocais, apresentou informações de produção e assistência técnica sobre a região em que se situa a UEP Balsas. Segundo ele, além da soja, que é o principal produto agrícola local, há potencial de crescimento para o cultivo de milho e algodão e desafios para a produção de arroz de terras altas, feijão-caupi e mandioca. “A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta não tem se expandido, principalmente por falta de estruturação da cadeia produtiva, a exemplo do gargalo na aquisição de animais com qualidade. Ha grandes, médios e pequenos produtores, inclusive produzindo soja, mas também atividades diversas, típicas da agricultura familiar. A assistência técnica e a gestão de insumos possuem fragilidades. Há poucos técnicos e falta de estrutura básica (carro, combustível e telefone). Há, ainda, outras necessidades, como de boas práticas de manejo, de zoneamento/inteligência territorial e certificação ambiental, informações sobre risco climático, entre outras”, elencou.
O assessor do Departamento de Transferência de Tecnologia – DTT Apes Perera falou sobre as características da UMIPTT, como processo de implantação, iniciado, segundo ele, a partir de demanda de instituições da região, modelo flexível e com gestão realizada por meio do Comitê de Gestão Estratégica, Comitê Técnico Executivo e Comitê Interno da Embrapa. “Além disso, o modelo opera basicamente por projetos, a partir de demandas validadas pelos participantes dos comitês”, completou.
Mais sobre UMIPTT - Modelagem inovadora de arranjo territorial em rede com atuação em pesquisa e transferência de tecnologia que amplia e fortalece a capacidade de atuação regional da Embrapa. Esse compartilhamento pode ocorrer tanto nas dependências da Embrapa, recebendo os parceiros externos de outras Instituições, como nas dependências de outras instituições, recebendo pesquisadores da Embrapa, ampliando a capacidade de a Empresa desenvolver novas tecnologia e soluções. O objetivo é viabilizar soluções de pesquisa, aporte tecnológico e organização da produção, visando o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e bem-estar às famílias dos agricultores - especialmente os familiares -, indígenas, pescadores, comunidades remanescentes de quilombos e extrativistas da região.
Atualmente existem dois desses arranjos em funcionamento na Embrapa. Uma é a Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas - UMiP GenClima, fruto de parceria entre a Embrapa e a Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. A meta da Unidade, em médio prazo, é desenvolver tecnologias genéticas proprietárias que permitam a criação de variedades de milho (a espécie-modelo adotada pela UMiP GenClima) com maior tolerância a seca e a altas temperaturas. A outra é a UMIPTT, fruto de acordo de cooperação técnica entre a Embrapa, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR e o Instituto Agronômico do Paraná - Iapar. A expectativa é que a nova Unidade Mista beneficie 42 municípios do Sudoeste do Paraná com desenvolvimento econômico e social para a agricultura familiar, além de promover o fortalecimento da bacia leiteira, da produção de frutas e hortaliças e da agregação de valor por meio de agroindústrias.
Flávia Bessa (MTB 4469/DF)
Embrapa Cocais
flavia.bessa@embrapa.br
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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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