A Embrapa Tabuleiros Costeiros e a Embrapa Mandioca e Fruticultura receberam de 10 a 14 de novembro, 14 colombianos com objetivo de conhecerem a tecnologia que está sendo aplicada no sistema de produção de citros.

O evento foi organizado pelo Labex em Brasília e a Corpoica – Coorporación Colombiana de Investigación Agropecuaria, empresa equivalente à Embrapa nesse país.

Os visitantes são líderes da citricultura colombiana e compreendem produtores mais avançados, viveiristas, funcionários de instituições públicas, engenheiros agrônomos e da associação de produtores oriundos dos departamentos de Santander (norte e sul), Tolima, Llamos e Costa Atlântica.

Segundo o chefe da comitiva, Javier Orlando Orduz, pesquisador PHD de citros da Corpoica, os 14 membros da comitiva têm como foco aprimorar conhecimentos nas áreas de recursos genéticos, variedades de porta-enxertos, manejo hídrico e pós-colheita.

O pesquisador Javier Orlando Orduz,  considera a citricultura brasileira a mais avançada no mundo. "Temos muito que aprender. Embrapa tem experiência,  pesquisadores, tradição e resultados muito valiosos, principalmente na área da agricultura tropical", disse.

Javier já prevê para o próximo ano, a capacitação de pesquisadores da Corpoica na Embrapa Mandioca e Fruticultura como também a participação de pesquisadores da Embrapa nos eventos científicos na Colômbia. 

Na terça-feira (11), a comitiva juntamente com pesquisadores das duas Unidades de pesquisa da Embrapa, conheceram a Fazenda Gavião que produz citros com alta tecnologia. Em seguida, eles seguiram para o campo experimental da Embrapa, no município de Umbaúba (SE), onde foi apresentado o programa de avaliação de porta-enxertos de citros que hoje é a principal referência, na área, na zona tropical do planeta.

Em Umbaúba, estão sendo avaliados, há seis anos, cerca de 120 porta-enxertos com destaque para Ananicantes, Sandiego, Riverside, Indio e outros como LVKxLCR-010, Limão Cravo, Santa Cruz e HTR 051.

O programa tem como objetivo indicar porta-enxertos altamente promissores que possam se tornar alternativas importantes para utilização na citricultura sergipana e baiana, inseridos na faixa dos Tabuleiros Costeiros desses Estados.

Os pesquisadores Orlando Passos e Walter Soares, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, acompanham os onze visitantes colombianos. Também fizeram parte do evento pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros Hélio Wilson, Fernando Cintra, Joézio dos Anjos além dos técnicos Arnaldo Rodrigues, Tiago Muniz e José Raimundo.
 

Nordeste
A região Nordeste do Brasil responde por aproximadamente 10% da produção nacional de citros, constituindo a segunda maior região produtora do país, com 121 mil hectares de área colhida, produzindo 1,8 milhão de toneladas de frutas. O destaque fica para Bahia e Sergipe, com 90% de toda a área plantada. O estado de Sergipe é considerado o quarto produtor de citros do Brasil, com uma produção de cerca de 840 mil toneladas.

A Embrapa Mandioca e Fruticultura vem desenvolvendo várias ações de pesquisa na área e uma delas corresponde à obtenção de cultivares copas e porta-enxertos que constituam alternativas para soerguimento da citricultura regional.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros vem avaliando uma série de cultivares porta-enxeretos e copas provenientes do Banco de Germoplama de Citros da Embrapa Mandioca e Fruticultura com objetivo de selecionar materiais genéticos de melhor performance produtiva.